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terça-feira, 18 de maio de 2021

“O rei te toca, Deus te cura”
‒ Após a sagração, os Reis tocavam contagiados, e curavam!

Catedral de Reims, nave central
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A catedral de Nossa Senhora de Reims ergue-se no lugar onde Clóvis, rei pagão dos francos, se fez batizar.

Por causa disto, os reis posteriores se faziam coroar na lindíssima catedral da capital de Champagne.

O prédio atual foi construído posteriormente no auge do gótico.

Na coroação do rei fazia-se uma cerimônia religiosa durante uma missa em que estava presente todo o episcopado, muitos dignitários eclesiásticos, o representante do Papa, todos os representantes da nobreza e do povo.

Todos estavam representados dentro da Catedral de Reims e outros fora, porque não cabiam todos dentro.

Em determinado momento, o rei era ungido com o óleo com que São Remígio tinha ungido Clóvis por ocasião do batismo.

Ampola contendo o óleo para a unção dos reis da França
O arcebispo que coroava o rei ungia o monarca como tenente de Deus na Terra, para governar o doce reino da França em nome de Deus.

E depois, ele punha a coroa na cabeça do rei e o sentava num trono num lugar eminente.

No momento da coroação soltavam, dentro da Catedral, um grande número de pombos.

Eles significavam a alegria da pomba que tinha trazido no bico a Santa Ampola com o óleo com que Clóvis e seus sucessores foram ungidos.

Roupas dos arautos na coroação
Essa ampola conteve o mesmo óleo até o tempo de Luís XVI.

Esse óleo serviu para a coroação dos reis até Carlos X, o último monarca da França já no século XIX.

Os sinos tocavam com todo o vôo, abriam-se as portas, a multidão entrava e era uma alegria geral.

Réplica da coroa de Carlos X
O rei depois saia em procissão da Catedral e na praça pública estavam alinhados os doentes que sofriam de um mal especial chamado escrofulose.

E o rei curava-os em virtude de um carisma que recebia na unção e na coroação.

Chegavam, às vezes, a mil e muitos doentes alinhados ali, com doenças repugnantes.

São Luis toca os doentes
O rei tocava no doente fazendo uma cruzinha e dizia:

“Le roi te touche, Dieu te guérit” ‒ “O rei te toca, Deus te cura.”


E eram numerosos os escrofulosos que se curavam.

Isso aumentava a alegria geral e era uma festa enorme que repercutia pela Europa inteira.

Assim era a coroação de um rei da França na catedral de Nossa Senhora de Reims.



(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 14/7/90. Sem revisão do autor)





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