Basílica de Nossa Senhora, Cracóvia, Polônia. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A expressão mais completa da arte medieval em França encontra-se na sua arquitetura, nas suas catedrais, onde quase todas as técnicas foram empregadas.
Existiu sem dúvida a arte profana, pois são numerosas as cenas alegóricas ou tiradas da Antiguidade.
Mais numerosos ainda os retratos, os quadros guerreiros, campestres ou idílicos, em que a natureza nunca está ausente.
Mas foi nas suas catedrais que ela pôs toda a sua alma.
Acontece — e não é por acaso — que a arquitetura medieval floresceu mais ainda em França do que em qualquer outra região.
Poucas das nossas aldeias escaparão à presença de algum vestígio dela, sob a forma por vezes muito humilde de um simples pórtico perdido no meio da alvenaria moderna, ou por vezes sob a forma de uma magnífica catedral, desproporcionada em relação à aglomeração que presentemente a circunda.
A serenidade um tanto maciça dos edifícios românicos é realçada por uma decoração agitada e turbulenta, com cenas de grandeza vertiginosa tiradas do Apocalipse, e banhadas ainda de influências orientais.