Catedral de York, Inglaterra |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
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Contemplando maravilhada e desinteressadamente uma catedral gótica, do fundo de nossas almas sobe uma coisa que é luz, superluz.
Mas, ao mesmo tempo, é penumbra ou obscuridade sem ser treva.
É a ideia de todas as catedrais góticas do mundo – as que foram construídas e as que não foram – dando uma ideia de conjunto de Deus que, entretanto, ainda é infinitamente mais do que esse cojunto.
Essa contemplação nos leva para o espírito que inspirou todas essas catedrais.
E aí, realmente, nós vivemos mais no Céu do que na Terra.
Aí o nosso desejo de uma outra vida, de conhecer um Outro – tão interno em mim, que é mais eu do que eu mesmo sou eu, mas tão superior a mim que eu não sou nem sequer um grão de poeira em comparação com Ele –, esse desejo se realiza.
A alma diz: “Ah, eu compreendo, o Céu deve ser assim!”
Por que o Céu?
Porque o homem sabe perfeitamente que um caco de vidro é um caco de vidro. Ele sabe que o sol não é senão o sol.
E que tudo o que existe seria uma ilusão se não fosse a expressão de um Ser infinitamente maior que se oculta aos nossos sentidos, mas que se mostra através desses símbolos.