Quando aparece a Catedral de Notre Dame, aparece uma coisa que deixa todas as outras coisas de lado, mesmo São Marcos.
Na praça completamente vazia, Notre Dame aparece intensamente iluminada .
A pedra com que foi construída a Catedral, foi objeto há alguns anos atrás de uma limpeza.
Dessa restauração emergiu a pedra virgem. A catedral se mostra como os construtores a fizeram, com sua originária limpeza.
As três portas do primeiro pavimento têm lindíssimas ogivas, profundas, indicando bem a espessura das paredes da Catedral.
Em cada portal, há várias linhas com episódios da História Sagrada esculpidos de um lado e de outro.
Em cima há uma fileira formando a galeria dos antepassados de Nosso Senhor Jesus Cristo, rei de Judá, e que é interpretada como sendo dos Reis da França.
A Revolução Francesa, sempre igual a si mesma, e incomparável em infâmia, exceto a traição de Judas; não contente em decapitar Luis XVI, mandou uns bárbaros subirem até essas cabeças e degolá-las todas.
De maneira que esses corpos ficaram sem cabeça durante muito tempo.
No século XX, fazendo obras nos porões de um banco, os operários encontraram lá as cabeças desses reis, que um homem do povo, piedoso, com concurso provavelmente de alguns outros, salvou-as durante a noite enterrando-as fundo no chão, a pequena distância da Catedral.
São cabeças enormes. A simples vista parecem de tamanho natural, mas a Catedral é muito alta e não se tem idéia do tamanho das cabeças no chão.
Muito tempo depois essa piedade foi compensada, porque as cabeças foram recuperadas e estão no Museu de Cluny.
Foram feitas outras idênticas que se encontram no local certo.
Afinal, a Catedral ficou de uma grande beleza.
Notre Dame: Clique para ouvir os novos sinos. (23.03.2013) |
As torres deveriam ter ido mais alto.
Mas o estilo gótico morreu ao sopro maldito da Renascença e do Humanismo.
Com isso não se conservaram as torres, só ficaram aquelas pequenas guaritas no canto cheias de encanto e de beleza.
O talento desapareceu do mundo e começou o período negro da história da Catedral.
Começou a ser negligenciada, relaxada, incompreendida, até que numa das reuniões do Conselho de Estado de Luís XVI, foi decidido destruí-la, como sendo uma reminiscência dos tempos bárbaros!
Destruí-la? Isso era barbárie!
Mas a resolução real só não foi cumprida porque veio a Revolução Francesa. Todo mundo pensou em outra coisa.
Os desígnios de Deus são impenetráveis.
A Revolução destruiu tanta coisa, mas salvou involuntariamente Notre Dame.
(Fonte: Plinio Corrêa de Oliveira, 11/01/89. Sem revisão do autor.)
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