Eu não posso me esquecer de uma das viagens que fiz a Paris. Eu cheguei à noitinha, jantei e fui imediatamente ver a catedral de Notre- Dame.
Era uma noite de verão não extraordinariamente bonita, comum.
A catedral estava iluminada, e o automóvel em que eu vinha passava da rive gauche para a ilha, e eu via a Catedral de lado, numa focalização completamente fortuita.
Desde logo, naquele ângulo que eu diria tomado ao acaso – se acaso existisse, em algum sentido existe –, eu a olhei e achei tão bela que eu fiquei com vontade de dizer ao automóvel:
“Pára, que eu quero ficar aqui!
quarta-feira, 23 de outubro de 2013
quarta-feira, 16 de outubro de 2013
Catedral de COLÔNIA e a sensação de tocar o Céu
A catedral de Colônia!
Ela é muito bonita.
Mas se fossem me perguntar, desenhisticamente falando, se ela é tão bonita quanto Notre-Dame, eu diria: “Indiscutivelmente é Notre- Dame.”
Entretanto, tudo bem pesado, eu digo: “É discutível que seja Notre Dame.”
Por causa de um ponto só. Mas esse ponto supera Notre-Dame de tal maneira, que a gente fica sem saber o que dizer. E é o seguinte.
As torres da catedral de Colônia se levantam do chão com um empuxe, e se lançam para o ar tão inesperadamente, que parecem perguntar à gente: “Quereis voar?!”
Essas torres como que proclamam uma vitória formidável do espírito humano sobre a lei da gravidade!
A lei da gravidade é a lei que atrai o homem para baixo, que torna pesados os seus movimentos, que torna difícil a vida.
Essa lei diante da força ascensional da catedral de Colônia fica como que esmagada.
A catedral de tal maneira se perde pelos céus, num movimento audacioso de alma, desejando o inimaginável mais belo do que tudo quanto em Notre-Dame foi imaginado e realizado.
Ela é muito bonita.
Mas se fossem me perguntar, desenhisticamente falando, se ela é tão bonita quanto Notre-Dame, eu diria: “Indiscutivelmente é Notre- Dame.”
Entretanto, tudo bem pesado, eu digo: “É discutível que seja Notre Dame.”
Por causa de um ponto só. Mas esse ponto supera Notre-Dame de tal maneira, que a gente fica sem saber o que dizer. E é o seguinte.
As torres da catedral de Colônia se levantam do chão com um empuxe, e se lançam para o ar tão inesperadamente, que parecem perguntar à gente: “Quereis voar?!”
Essas torres como que proclamam uma vitória formidável do espírito humano sobre a lei da gravidade!
A lei da gravidade é a lei que atrai o homem para baixo, que torna pesados os seus movimentos, que torna difícil a vida.
Essa lei diante da força ascensional da catedral de Colônia fica como que esmagada.
A catedral de tal maneira se perde pelos céus, num movimento audacioso de alma, desejando o inimaginável mais belo do que tudo quanto em Notre-Dame foi imaginado e realizado.
quarta-feira, 25 de setembro de 2013
O mistério de Dijon: o campanário foi feito pelas fadas ou pelos anjos?
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Dijon, a cidade dos cem campanários: a catedral no fundo, São Filiberto na esquerda |
Catedrais e igrejas têm também histórias, fatos e lendas para contar.
Entre muitas, está a história do campanário da igreja de São Filiberto, muito próxima da catedral Notre Dame de Dijon, capital da Borgonha, na França.
“Dijon é a cidade dos cem campanários!”
Esta exclamação histórica foi pronunciada no topo da fortaleza de Talant pelo rei Francisco I assim que ele descobriu a seus pés o espetáculo inesquecível da capital da Borgonha – França – emergindo da bruma matinal.
Foi numa manhã de 1515. Grande mecenas das artes durante o Renascimento, Francisco I partia com um exército rumo à Itália.
quarta-feira, 18 de setembro de 2013
Notre-Dame: os mais belos aspectos da alma católica são perceptíveis na catedral
Na catedral de Notre-Dame em Paris, bela em cada um de seus pormenores, consideremos inicialmente as três portas do primeiro pavimento, encimadas por lindíssimas ogivas.
Em cada portal aparecem vários episódios da História Sagrada, esculpidos de um e outro lado da ogiva.
Acima das portas ogivais, uma fileira de estátuas. Não satisfeita em decapitar Luís XVI, a Revolução Francesa — cuja infâmia supera qualquer outro acontecimento histórico, exceto a traição de Judas — incitou alguns vândalos a subirem até essas esculturas e degolá-las.
Imaginemos que não existisse a parte superior do edifício, mas apenas o andar térreo coroado por essa espécie de balaústre acima das estátuas dos reis. Mesmo despojada dessa forma, ela seria uma edificação linda.
Em cada portal aparecem vários episódios da História Sagrada, esculpidos de um e outro lado da ogiva.
Acima das portas ogivais, uma fileira de estátuas. Não satisfeita em decapitar Luís XVI, a Revolução Francesa — cuja infâmia supera qualquer outro acontecimento histórico, exceto a traição de Judas — incitou alguns vândalos a subirem até essas esculturas e degolá-las.
Imaginemos que não existisse a parte superior do edifício, mas apenas o andar térreo coroado por essa espécie de balaústre acima das estátuas dos reis. Mesmo despojada dessa forma, ela seria uma edificação linda.
quarta-feira, 11 de setembro de 2013
Notre Dame triunfa em Paris por cima de todas as oposições
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Notre Dame de Paris, vista aérea. A restauração ainda continua |
Continuação do post anterior
A restauração criadora de Viollet-le-Duc
“Deus escreve certo sobre linhas tortas”. É a única explicação para o despertar do interesse pelas catedrais góticas num século XIX já infectado pelos preconceitos positivistas.
Para ser breve, recorro uma vez mais a Irina de Chikoff,(15): Eugênio Viollet-le-Duc tinha 17 anos quando em 1831 Victor Hugo publicou Notre-Dame de Paris, verdadeiro manifesto a favor da arquitetura medieval desprezada durante séculos.
É surpreendente, pois Victor Hugo é o revolucionário que escreveu também Quatrevingt-treize.
Recém-casado, Viollet-le-Duc visitou Chartres e o Monte Saint-Michel em 1835. Foi para ele uma revelação, deixando-o convencido de que a arquitetura medieval era o estilo que melhor se adaptava ao gênio de seu país.
Pouco depois ele aceitava o convite de um amigo para fazer o levantamento dos principais monumentos medievais da França.
Tratava-se de Prosper Merimée, nomeado secretário da Comissão dos monumentos históricos pelo rei Luís Filipe.
quarta-feira, 4 de setembro de 2013
O tufão satânico contra a catedral de sonho
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Notre Dame viveu momentos trágicos |
Continuação do post anterior
As profanações e o saque da catedral
Impressionou-me ter ouvido certa vez um professor afirmar que, infelizmente influenciado por certas ideias revolucionárias, Luís XVI já teria aprovado a demolição da catedral de Notre Dame para erguer em seu lugar um templo em estilo grego, a exemplo da igreja de La Madeleine, em Paris.
Felizmente esse terrível desígnio não se realizou.
Como se sabe, no dia 21 de janeiro de 1793, a Revolução cortou a cabeça de Luís XVI na praça da Concórdia.
O monarca, aliás, se houve no momento da morte com um valor e uma resignação cristã exemplares. Impedindo inicialmente que o carrasco lhe amarrasse as mãos, olhou interrogativo para o sacerdote que o assistia junto ao cadafalso.
O Pe. Edgeworth lhe disse então que se deixasse atar, pois assim mostraria mais um sinal de semelhança com Nosso Senhor Jesus Cristo, injustamente condenado.
Em uma atitude digna de um mártir, o rei cessou de imediato qualquer resistência.
quarta-feira, 21 de agosto de 2013
A catedral-mãe e o voto de Luís XIII
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Altar do voto de Luís XIII |
Os limites deste artigo nos levam a saltar para o reinado de Luís XIII, no século XVII. O soberano, casado com a princesa espanhola Ana d’Áustria, aproximava-se da maturidade sem filhos, com graves problemas de saúde e uma guerra difícil contra os calvinistas, entrincheirados em La Rochelle.
O rei recorreu então à Santíssima Virgem: fez-lhe o voto de construir uma igreja, se fosse atendido. Em 1628, depois de 13 meses de cerco, os calvinistas renderam-se.
Em agradecimento, o soberano fundou a igreja de Nossa Senhora das Vitórias, em Paris. Em 1630, ele se viu curado de uma grave disenteria. Mas nenhum sinal de um herdeiro!
Ao longo de uma década, o voto de Luís XIII sofreu alterações em sua formulação, sendo finalmente apresentado ao Parlamento em 1637. Ele instituía uma celebração anual em todas as igrejas do reino, a 15 de agosto, com procissão solene em honra da Assunção da Virgem.
No mesmo ano, um religioso agostiniano teve uma visão da Mãe de Deus segurando em seus braços o herdeiro do trono que, disse Ela, Deus queria dar à França.
domingo, 18 de agosto de 2013
quarta-feira, 14 de agosto de 2013
A Catedral da beleza perfeita nas tempestades da História
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Notre Dame de Paris. Fundo: Grande Cruz das Três Ordens Militares (Cristo, Santiago, Avis) |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Continuação do post anterior
A França possui ainda hoje um número elevado de catedrais, abadias, igrejas e capelas góticas. Alguns desses monumentos são merecidamente célebres, como as catedrais de Reims, Chartres, Amiens, Bourges, Estrasburgo, para citar apenas estas.
Mas existem inúmeras outras igrejas como que perdidas em longínquas províncias ou em cidades modernizadas.
Sem dúvida, cada catedral possui sua beleza específica, algumas de valor excepcional. Mas nenhuma terá inspirado tanto os poetas, artistas e escritores quanto Notre-Dame de Paris.
Bastaria o privilégio insigne de abrigar as relíquias da Paixão. Também tem seu peso o fato de ser a Sé da capital do reino, do império e da república.
Mas possui ainda outros trunfos que fazem dela a rainha das catedrais. A respeito de Notre Dame de Paris, exclamou Plinio Corrêa de Oliveira: “Igreja de uma beleza perfeita, alegria do mundo inteiro”.
Ocupando a metade leste da Île de la Cité (Ilha da cidade), que é o coração de Paris, a catedral situa-se num lugar privilegiado, como uma grande nave acariciada pelas águas do rio Sena.
No século XX, a população de Paris teve o bom senso de opor-se à construção de arranha-céus no centro histórico. Assim, de vários ângulos a catedral pode ser vista, total ou parcialmente, em sua beleza única.
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Veja igrejas de beleza perfeita |
Sua fachada e suas torres são de uma harmoniosa força e doçura, que conquistam qualquer alma aberta à beleza.
“Em uma extraordinária vertical, sua fachada associa o mistério da Encarnação a Cristo Juiz, mostrando seu corpo martirizado e os instrumentos da sua Paixão no momento de separar os eleitos dos condenados.
“Jesus Cristo como Mestre no tremó (a coluna que divide a porta central) alinha-se à Cruz de glória sobreposta, no coro, à Virgem das Dores que oferece a Deus seu Filho supliciado para expiar os nossos pecados”, observa Michel De Jaeghere.(12)
Se analisarmos os detalhes, descobriremos novas riquezas: a doçura incomparável da harmonia de cores de suas rosáceas, especialmente a do portal Sul; a majestosa e maternal imagem de Nossa Senhora de Paris no transepto, à direita da mesa da comunhão; os altos-relevos coloridos que circundam o coro, visíveis do deambulatório, ilustrando episódios da história da salvação; a sua estatuária externa hierática e monumental, com toda a sua riqueza simbólica; as suas gárgulas representando figuras hediondas, a lembrar a presença do maligno, sempre à espreita para perder as almas…
Sob o signo da luta entre o bem e o mal, entre anjos e demônios, manifesta-se um dos aspectos mais interessantes de Notre Dame de Paris.
O neto de São Luís contra o Papa!
De acordo com M. De Jaeghere, se Notre Dame de Paris ocupa um lugar especial no imaginário dos franceses, não é apenas por ser um catecismo em pedra, mas também um compêndio e palco da História, conforme um dito do Cardeal Feltin: [Em Notre-Dame] “a França recita o rosário perpétuo das suas alegrias, dos seus lutos e das suas glórias”.

Também a primeira Revolução, fautora da destruição da Cristandade medieval, está ligada à história da catedral de Paris. Com efeito, foi em Notre Dame que o rei Filipe IV, dito o Belo, presidiu os primeiros Estados-Gerais em abril de 1302.
Com que objetivo? — Obter apoio para a sua política religiosa. O rei inaugurara um novo estilo absoluto de governo, cercando-se de legistas.
Eliminou costumes e privilégios locais da antiga sociedade feudal e criou novos impostos, provocando descontentamento geral.
Extinguiu a isenção da Igreja de pagar tributos e por fim mandou prender D. Bernardo Saisset, bispo de Pamiers, que representava o baluarte da ortodoxia católica na luta contra a heresia cátara ou albigense na sua diocese ao sul de Toulouse.
Esses fatos levaram o Papa Bonifácio VIII a enviar ao rei, em 1301, a bula Ausculta, fili (Ouça, meu filho), em defesa da autoridade papal, e a pedir um tribunal especial para julgar o bispo de Pamiers.
No ano seguinte, o Pontífice escreveu a bula Unam sanctam, demonstrando a supremacia do poder espiritual sobre o poder temporal.
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Enviados do rei Filipe o Belo esbofeteam o Papa Bonifácio VIII em Anagni |
O Pontífice foi por eles insultado, acusado de heresia, humilhado e esbofeteado, vindo a falecer de desgosto poucos dias depois.
Esse episódio, conhecido como o Atentado de Anagni, constitui um marco na História.
É o começo do fim da Cristandade medieval e o anúncio da primeira Revolução, inaugurando a era do absolutismo real, do humanismo e do renascimento do paganismo.
Mais tarde o protestantismo veio selar essa revolução no campo doutrinário e especificamente religioso.
Ao ver a obra demolidora de seu neto, o grande São Luís deve ter-se movido de indignação em seu túmulo!
Mas Filipe o Belo foi mais longe: mandou prender os cavaleiros Templários e confiscou seus bens (a Ordem possuía muitas propriedades na França).
Há algum tempo já circulavam contra esses religiosos as lendas mais abjetas. “Menti, menti. Algo sempre ficará”, dirá mais tarde o ímpio Voltaire.
Depois de um processo iníquo a Ordem foi dissolvida, e no dia 18 de março de 1314, em frente de Notre-Dame de Paris, seu grão-mestre Jacques de Molay e outros cavaleiros foram queimados vivos.
Em novembro do mesmo ano Filipe o Belo, o rei maldito, teve de prestar contas de seus atos a Deus.
Martírio e reabilitação de Santa Joana d’Arc
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Santa Joana d'Arc comanda a vitória de Patay |
Aliado dos ingleses, este bispo fora o carrasco de Santa Joana d’Arc no julgamento iníquo que a condenou a ser queimada viva como feiticeira na praça do mercado de Rouen.
A coroação de Henrique IV era uma impostura, pois o rei legítimo, Carlos VII, já fora sagrado em Reims.
Em 1437, Carlos VII recuperou o trono e em 1455 abriu-se em Notre-Dame o processo de reabilitação de Joana d’Arc, beatificada por São Pio X em 1909 e canonizada por Bento XV em 1920.
(Autor: Gabriel J. Wilson)+
continua no próximo postGLÓRIA CRUZADAS CASTELOS ORAÇÕES HEROIS CONTOS CIDADE SIMBOLOS








quarta-feira, 7 de agosto de 2013
A busca da perfeição em Notre Dame de Paris
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O arcebispo, o abade e o rei começaram a sonhar a futura catedral |
É o momento de nos ocuparmos da história da construção da catedral de Nossa Senhora (Notre-Dame) de Paris.
A Paris de 1160 devia ter pouco mais de 20 mil habitantes quando Maurício de Sully, com o favorecimento do rei Luís VII, foi escolhido para ocupar sua Sé episcopal.
O rei fora educado na infância pelo Abade Suger, o qual, como vimos, concluiu com sucesso a primeira basílica em estilo ogival.
quarta-feira, 31 de julho de 2013
A luz da Idade Média na Rainha das Catedrais
Continuação do post anterior
A arte gótica caracteriza-se por abóbadas formadas por ogivas cruzadas, sustentadas por contrafortes de arcos-botantes.
Sobretudo a partir da segunda metade do século XII, com a criação das universidades e o aparecimento de luminares como São Tomás de Aquino e São Boaventura, novas aspirações se manifestaram nos campos da cultura, das ciências e das artes.
Na arquitetura, a tendência era para que as linhas se lançassem rumo ao céu, e no interior penetrasse a luz em abundância. Era precisamente isso que o estilo gótico permitia, ao diminuir o peso sobre as colunas e distribuí-lo por todo o edifício.
A arte gótica caracteriza-se por abóbadas formadas por ogivas cruzadas, sustentadas por contrafortes de arcos-botantes.
Sobretudo a partir da segunda metade do século XII, com a criação das universidades e o aparecimento de luminares como São Tomás de Aquino e São Boaventura, novas aspirações se manifestaram nos campos da cultura, das ciências e das artes.
Na arquitetura, a tendência era para que as linhas se lançassem rumo ao céu, e no interior penetrasse a luz em abundância. Era precisamente isso que o estilo gótico permitia, ao diminuir o peso sobre as colunas e distribuí-lo por todo o edifício.
quarta-feira, 24 de julho de 2013
Notre-Dame de Paris: 850 anos da Rainha das Catedrais (1163 — 2013)
A mais célebre catedral do mundo, dedicada a Nossa Senhora na capital francesa, comemora 850 anos de existência.
Jóia do estilo gótico, ela é um testemunho vivo do alto grau de civilização de uma época denegrida durante séculos por toda espécie de inimigos da Religião católica, inclusive os modernistas.
Se pudessem, estes teriam derrubado todas as antigas igrejas e catedrais românicas, góticas, barrocas ou clássicas, para erguer em seus lugares templos do absurdo, do monstruoso e do esotérico.
Exemplos disso são a catedral do Rio de Janeiro, no estilo brutal ao gosto divulgado por Le Corbusier, a catedral de Brasília, projetada pelo comunista de carteirinha Oscar Niemeyer.
Ou ainda o projeto da nova catedral de Belo Horizonte, também do mesmo arquiteto e uma afronta ao Estado que deu tão belos exemplos de sua religiosidade através da arte barroca.
O modernismo que se infiltrou na Religião católica rompeu com a tradição, à semelhança do movimento artístico.
domingo, 16 de junho de 2013
Visita virtual à Catedral de SANTIAGO DE COMPOSTELA
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A história da catedral de Santiago de Compostela começou pelo ano 813, quanto um eremita de nome Pelayo e alguns pastores se depararam com uma estranha luminosidade.
Aquela misteriosa luz se espalhava sobre um pequeno bosque perto de um morro chamado Libredón. A paisagem, em certos momentos, ficava tão clara que se parecia a um campo estrelado (Campus Stellae = Compostela).
Teodomiro, o bispo local, informado do estranho fenômeno, soube que a luz focara no chão uma antiga arca de mármore. Nela se teria encontrado os restos humanos que se dizia pertencer ao Apóstolo Santiago.
Segundo uma história antiga o Apóstolo decidiu evangelizar a Espanha, mas foi decapitado pelo rei Herodes Agripa na Palestina.
O corpo dele, então, foi lançado ao mar num barco no porto de Jaffa. Sem tripulação, sem leme, soprada só pelo vento, a nau aportou nas costas da Galícia, que os romanos chamavam de Finis Mundi.
Recolhida da praia, a arca fora enterrada num “compostum”, quer dizer um cemitério.
Incenso na Catedral de Compostela: o "botafumeiro!
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terça-feira, 4 de junho de 2013
Abadia de São Miguel, o arcanjo que exorcizou Satanás
Faça uma visita virtual à abadia dita "La Merveille" ("A maravilha"): o Monte-ilha Saint-Michel.
Rodeado pelo mar, é o mais visitado santuário da França e um dos maiores do mundo em número de romarias.
É que lá se pode dizer com justiça que mora o arcanjo que expulsou Satanás e os anjos rebeldes do Céu.
CLIQUE NO LINK PARA IR ATÉ LÁ
Rodeado pelo mar, é o mais visitado santuário da França e um dos maiores do mundo em número de romarias.
É que lá se pode dizer com justiça que mora o arcanjo que expulsou Satanás e os anjos rebeldes do Céu.
CLIQUE NO LINK PARA IR ATÉ LÁ
terça-feira, 21 de maio de 2013
Nomes, símbolos, carrilhões e significado dos novos sinos de Notre Dame
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Bourdon Maria é o maior do novo conjunto |
Símbolos gravados em cada sino
Os novos sinos são:
O bourdon “Marie” (6.023 kg; 206,5 cm de diâmetro), consagrado a Nossa Senhora, a quem está dedicada a catedral. Ele é reprodução de idêntico bourdon que tocou de 1378 a 1792, ano do infame saque republicano. Nele estão gravados a “Ave Maria” e um medalhão de Nossa Senhora com o Menino Jesus rodeado de estrelas; tem friso representando a Adoração dos Reis Magos e as bodas de Caná, e por fim uma Cruz de Glória com a inscrição “Via viatores quaerit” (“Eu sou a Via em busca de viajantes”, referência a Jesus Cristo que é a Via, e que procura as almas que viajam por esta vida rumo ao destino eterno).
O sino “Gabriel” (4.162 kg e 182,8 cm de diâmetro) é dedicado ao arcanjo São Gabriel que anunciou a Nossa Senhora a encarnação do Verbo.
Neste sino está inscrita a primeira frase do Angelus “O anjo do Senhor anunciou a Maria” —, além de 40 faixas que simbolizam os 40 dias que Jesus passou no deserto e os 40 anos de travessia dos judeus pelo deserto do Sinai; na coroa do sino há flores de lis e, rodeados de estrelas, Nossa Senhora e o Menino Jesus. No corpo do sino há também uma Cruz de Glória com a inscrição “Via viatores quaerit” e um perfil da catedral no coração de Paris.
quarta-feira, 15 de maio de 2013
Notre Dame restaura sinos destruídos pela Revolução Francesa – 1
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No dia da bênção dos novos sinos |
Uma multidão estimada em 30 mil pessoas pela polícia (que habitualmente minimaliza as manifestações católicas) lotou no Domingo de Páscoa a praça da catedral de Notre Dame e as ruas vizinhas, para ouvir a primeira reboada oficial dos novos sinos.
Nessa mesma data, 850 anos atrás, na presença do Papa Alexandre III, o bispo D. Maurício de Sully colocava a primeira pedra para a construção daquela grandiosa catedral dedicada a Nossa Senhora.
Os sinos originais foram destruídos barbaramente pela Revolução Francesa em 1792, com exceção de um, batizado com o nome “Emanuel”.
Por ocasião de sua bênção ritual os sinos recebem nomes que são gravados no seu bronze. O “Emanuel” foi doado há mais de 300 anos pelo rei Luis XIV e pesa 13 toneladas.
No século XIX, Napoleão III mandou preencher o vazio com sinos de menor qualidade e carentes de afinação. Os especialistas, sempre muito exigentes, diziam que se tratava do pior conjunto de sinos da Europa.
quarta-feira, 24 de abril de 2013
Notre Dame providencialmente salva pelo tufão da Revolução Francesa!

Quando aparece a Catedral de Notre Dame, aparece uma coisa que deixa todas as outras coisas de lado, mesmo São Marcos.
Na praça completamente vazia, Notre Dame aparece intensamente iluminada .
A pedra com que foi construída a Catedral, foi objeto há alguns anos atrás de uma limpeza.
Dessa restauração emergiu a pedra virgem. A catedral se mostra como os construtores a fizeram, com sua originária limpeza.
As três portas do primeiro pavimento têm lindíssimas ogivas, profundas, indicando bem a espessura das paredes da Catedral.
Em cada portal, há várias linhas com episódios da História Sagrada esculpidos de um lado e de outro.
Em cima há uma fileira formando a galeria dos antepassados de Nosso Senhor Jesus Cristo, rei de Judá, e que é interpretada como sendo dos Reis da França.
A Revolução Francesa, sempre igual a si mesma, e incomparável em infâmia, exceto a traição de Judas; não contente em decapitar Luis XVI, mandou uns bárbaros subirem até essas cabeças e degolá-las todas.
quarta-feira, 6 de março de 2013
A catedral de SIENA: formosura e praticidade

A Catedral de Siena é uma catedral lindíssima construída na técnica da basílica de Orvieto.
Não foto pode-se ver o aspecto global da fachada.
Notem aquele lindo mosaico em cima, nos tímpanos das portas os belos mosaicos.
Depois outras esculturas, e a torre, listrada de mármore branco de acordo com o estilo existente em Florença e em outras cidades da Toscana.
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Mosteiro cisterciense do século XII renasce na Califórnia
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Abadia de New Clairvaux, Califórnia |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
No norte da Califórnia renasceu um mosteiro medieval cisterciense.
A notícia caiu como um raio em céu sereno, pois nunca se diria que o progressista estado californiano acolheria um dos símbolos mais opostos à modernidade.
Além do mais, trata-se de um autêntico mosteiro medieval espanhol do século XII.
Como?
O magnata William Randolph Hearst havia comprado e levado para a Califórnia no início do século XX as ruínas do mosteiro de Santa Maria de Óvila, da Espanha, desmontou-o, mas não conseguiu restaurá-lo.
A cidade de San Francisco se opôs e as pedras ficaram por décadas no Golden Gate Park. Veio depois a Grande Depressão, a Segunda Guerra Mundial e pareceu que o projeto estava totalmente morto, segundo o “The New York Times”.