A catedral Notre Dame de Paris tem tantos aspectos e maravilhas, que eu depois de ter estado nela, eu tenho que voltar para o hotel, comer alguma coisa rápida, e fazer uma coisa que em mim é um modo de refletir: é dormir.
Eu me pergunto por que é que havia o sono no Paraíso? Se o Paraíso era tão agradável e não cansava, por que é que havia o sono no Paraíso?
Eu me pergunto às vezes se para o homem deixar todas as suas impressões, mesmo as paradisíacas, assentarem bem nele, não é preciso um período de sono, em que o homem pensativo se ordena.
Eu quis dormir depois de ter visto Notre Dame, como Adão quis dormir depois do dia primeiro do Paraíso.
Notre Dame tem o solo da seriedade e todo o desenvolvimento do maravilhoso.
Ela é fundamentalmente séria, planejada segundo os melhores ditames de uma razão calma, ponderada, fazendo uma coisa de grande voo.
Agora, em cima dessa arte e da razão, levantou-se um sonho: o edifício é um sonho. E esse sonho é o maravilhoso até nas menores coisas. Não há uma gargouille que não seja maravilhosa.
A igreja de uma beleza perfeita, alegria do mundo inteiro.