Catedral de Toledo, Espanha |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
“A catedral gótica, diz Charles Morey, é de fato o equivalente arquitetônico da síntese escolástica; como esta ultima resolveu pela dialética os problemas impostos pela fé, assim também os arquitetos do século XIII atingiram uma unidade integrada num conjunto de infindáveis detalhes, apesar de sua procura de espaço indeterminado.
É o espaço gótico, na arquitetura gótica, que finalmente determina seu efeito. O movimento e subtil comunicação com o espaço exterior, que dá a impressão de ligar o observador com o infinito, são potentes fatores na levitação espiritual que um interior gótico pode proporcionar; mas que ele proporciona em completa medida somente quando reforçado por sua panóplia de vitrais”[1].
O espaço gótico deixa de comensurável, de regularidade geométrica, como nos antigos interiores bizantinos, para apresentar irregular em volume e expansão.