Nossa Senhora na catedral de Antuérpia |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
O padre Bernardes, na “Nova Floresta” conta a história de “Os calvinistas, na catedral de Antuérpia”, Bélgica.
“No dia 21 de agosto de 1566, uma caterva de hereges calvinistas penetrou, à noite, na catedral de Antuérpia.Isso é característico do espírito protestante. Derruba Nosso Senhor e deixa os ladrões.
“Um deles, simulando um sinal, entoou um salmo de Davi, em língua francesa, e logo os outros arremeteram furiosamente contra as imagens de Cristo, de Nossa Senhora dos santos, que havia na igreja.
“A umas derrubavam, a outras calcavam aos pés, e outras estoqueavam com as espadas, e a outras ainda, arrancavam as cabeças com machados.
“Um grupo deles, saltando sobre os altares, arremessava ao chão os vasos sagrados, rasgavam os painéis dos retábulos, borravam e enchiam de imundícies as pinturas das paredes, e outros grupos quebravam os vitrais e estilhaçavam o órgão e demais santos das cornijas e dos capitéis.
“Uma antiga e devotíssima imagem de um crucifixo de grande tamanho foi derrubada e cortada em achas, como lenha, conservando-se intacto os dois ladrões que ladeavam a cruz”.
Se eles tivessem que derrubar um dos ladrões derrubavam o bom ladrão, São Dimas. O outro continuava de pé.
O provérbio português diz: lê com lê, cré com cré. Assim, o herege poupa o ladrão, mas profana a casa de Deus.