O palácio de Mont Stuart, Escócia tem sacralidade religiosa |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Pelas altas janelas, guarnecidas de vitrais, entra uma luz abundante mas suave, que se reflete no assoalho, no metal polido das armaduras e das panóplias, no bronze e no cristal dos imensos candelabros, e parece atingir a custo as nervuras e pinturas do teto.
As colunas, fortes e delicadas, se abrem ao alto como imensas palmeiras que protegessem a sala com sua ramagem de pedra, de linhas coerentes, nítidas e suaves.
A sala é fortemente impregnada de um ambiente peculiar, que convida a um repouso sem ócio nem dissipação, um repouso todo feito de recolhimento, gravidade, equilíbrio e força.
As armaduras, os veados empalhados, enriquecem este ambiente com o eco das proezas praticadas na caça e na guerra.
O lambris de madeira trabalhada quebra com sua delicadeza e aconchego o que a austeridade da pedra talvez tivesse de excessivo.