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terça-feira, 30 de novembro de 2021

Nossa Senhora das Vitórias de Sablon, protetora de Bruxelas

Nossa Senhora das Vitórias
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








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A devoção a Nossa Senhora das Vitórias de Sablon começou no século XIV com um fato miraculoso.

Havia na cidade vizinha de Antuérpia uma imagem milagrosa conhecida como Notre Dame à la Branche (Nossa Senhora no Galho), que fora protetora daquela cidade e que estava na catedral.

Em 1348, Nossa Senhora apareceu duas vezes em sonho a Beatriz Soetkens, moradora de Antuérpia, ordenando-lhe levar a estátua em um barco até Bruxelas.

O translado teve algo de maravilhoso.

Em Bruxelas a imagem foi recebida pelo duque de Brabante e pela confraria dos besteiros – guerreiros da cidade – que havia sido avisada do prodígio.

Tendo recebido o nome de Nossa Senhora das Vitórias, a imagem foi instalada em uma pequena capela pertencente aos besteiros, localizada em um local ermo chamado Sablon (literalmente = banco de areia).

terça-feira, 16 de novembro de 2021

A doce tristeza das catedrais medievais: preâmbulo do Céu

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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A catedral gótica tem uma ligação com a vida concreta.

Por isso, o gótico tem uma certa tristeza também.

Todo edifício gótico tem ao lado da seriedade uma certa nota de tristeza que não é hirta.

É a tristeza profunda da pessoa que se realizou, que teve tudo no seu grau como lhe era próprio, e depois acaba percebendo que há algo além que deve desejar e que não tem.

E fica esperando essa coisa com certa serenidade, porque sabe que não é desta Terra.

Mas, sabe que essa coisa o aguarda para toda a eternidade.

Porque essa coisa que está além de todos os bens da Terra é o próprio Céu.

É uma tristeza em que há uma nota de felicidade e de esperança: algum dia chegará.

É uma nostalgia suave.

É como quem está junto às primeiras ondas do mar, sabendo que vem um barco para pegá-lo e levar adiante.

Não há dilaceração, não há berro, não há baixa.

Há uma espécie de “é verdade, tudo isto me conduziu a um prenúncio; eu aceito e amo esse prenúncio, mas algo mais virá”.

É apenas uma esperança de que algo virá e que em ultima análise e o Céu.

Essa tristeza é resignada e tem a mais alta alegria que é esta pontinha cristalina e doce de esperança dentro da tristeza.

É como a pessoa que olha para trás e ve tudo quanto sofreu, mas não tem azedume e diz: “tudo isso se explica, foi necessário”.

Por exemplo, o sujeito foi um grande general, ganhou uma porção de guerras e batalhas pelas quais ele passou, e após ter passado tudo conserva uma serenidade como quem diz:

“Não é verdade que tudo acabou, mas há qualquer coisa no meu horizonte, que é uma contemplação e eu sinto um prenúncio vago de quem diz que a morte não vai deglutir tudo.

“Algo de mim fica, algo sobrevive”.

Sobreviverá no Céu.

E a catedral terá sido um dos pórticos para entrar nEle.




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terça-feira, 2 de novembro de 2021

Catedrais góticas: mistério mais grandioso que o das pirâmides do Egito

Amiens, França
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A técnica é definida pela Escolástica, da mesma forma que as artes, como “recta ratio factibilium”.

Quer dizer, a reta ordenação do trabalho, ou também, a ciência de trabalhar bem.

Hoje, o mal uso da técnica, a empurra para produzir para além do que é bom, e espalhar instrumentos que afligem a vida dos homens.

Nos tempos em que o espírito do Evangelho penetrava todas as instituições, a técnica produziu frutos que vão além do tudo o que a Humanidade conheceu previamente.

Um desses frutos inigualados foi ‒ e continuam sendo ‒ as catedrais medievais.

Até hoje especialistas tentam decifrar como fizeram os arquitetos da Idade Média para, com tão pobres instrumentos, criar obras colossais que “humilham” as técnicas modernas mais avançadas.

Os técnicos das mais variegadas especialidades da construção e também da física, da química e das matemáticas se debruçam para tentar descobrir como os medievais erigiram esses portentos arquitetônicos.

Mergulham eles nos “mistérios das catedrais”.

São muitos os que até agora não estão elucidados: desde as fórmulas químicas desaparecidas que dão aos vitrais tonalidades únicas e irreproduzíveis até os mais complexos cálculos matemáticos e astronômicos que orientaram as proporções cósmicas das Bíblias de pedra.