Órgão desmontado com precisão para limpeza e restauração |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Notre Dame já sofria por 12 grandes janelas de vidro, com desenhos abstratos realizados por Jacques de Chevallier em 1966.
A investida modernista também procura entrar postulando métodos e materiais modernos para reconstruir as estruturas internas arrasadas pelo fogo. O teto é um caso típico.
Os defensores da tradição postulam que a estrutura seja refeita com carvalho como foi feita o original e durou até hoje.
Os modernistas querem usar titânio e outros materiais alegando – aliás, de modo incompreensível – que são mais ecológicos do que a madeira que é inflamável.
Os arquitetos responsáveis estão ouvindo as propostas de pedreiros especializados, entalhadores de pedra, marceneiros, fabricantes de vitrais, e ferreiros.
O presidente Emmanuel Macron já tentou aproveitar o impacto do incêndio para convocar um concurso internacional que desse um “toque contemporâneo” à catedral reconstruída.
Especialmente fizesse uma moderna agulha para substituir a neogótica consumida pelo fogo e que era criticada pelo clero. Mas o presidente renunciou em face da reação e das múltiplas ilegalidades em que devia incorrer.
Uma outra grave preocupação era o grande órgão de Notre-Dame. Embora não foi afetado pelas chamas era indispensável uma pormenorizada limpeza e restauração que não poderia ser realizada na catedral, informou Europe1.