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terça-feira, 15 de novembro de 2022

Catedral de SEVILHA: uma fortaleza meio eclesiástica e uma igreja meio fortaleza

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Estas fotografias evocam um antigo provérbio português: “Quem não viu Sevilha, não viu maravilha”.

Chamam a atenção na Catedral de Sevilha as duas torres laterais muito ornadas.

Entre elas, nota-se um espaço com fundo claro e um gradeado muito bonito de ogivas e rosáceas que estabelecem o contraste do muito simples com o muito ordenado.

Uma grande travessa com imagens de santos, com dosséis no alto, também muito ornada.

Por cima desse fundo simples salienta-se o portal com um triângulo magnífico que é uma expressão da ogiva.

Embaixo, uma porta ogival profunda. A meu ver, o aspecto belo dessa porta consiste em ter algo de monumental.

As torres têm muita altivez e levantam-se do solo com decisão e galhardia.

Tem-se a impressão de que elas seguram o chão como garras, e que sobem ao céu com segurança e despreocupação em relação ao perigo de cair.

Elas sustentam o peso sobre si com facilidade.

Mais ainda, parece que elas olham do alto de si mesmas para a terra e para os pobres transeuntes numa atitude de desafio, como quem diz: “Se ousas, experimenta me enfrentar; só pela minha fisionomia te afugento”.

Os arcos, arrimos das torres, são transformados pelos arquitetos em verdadeiros ornatos.

Há qualquer coisa que lembra a entrada de uma fortaleza nesse magnífico portal.

Uma fortaleza meio eclesiástica e uma igreja meio fortaleza realizam uma síntese admirável: os mais altos valores do espírito defendidos pela força e inseridos dentro da luta.

Um combate ao pé da letra, em que a pessoa se entrega ao total risco de vida.

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(Excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 15-01-1977. Sem revisão do autor. “Catolicismo”).





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