Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Passeando pelo jardim junto ao Sena, vi muitas vezes pessoas contemplando em silêncio essa maravilhosa peça arquitetônica, cuja beleza material “fala”, como um anjo falaria na ordem sobrenatural.
A agulha age sobre os que a admiram como os anjos agem sobre as coisas boas, ajudando a amar seus aspectos mais altos.
O Prof. Plinio Corrêa de Oliveira comentou: “Quando me dei consciência da flecha de Notre-Dame, foi uma alegria enorme para mim e uma espécie de alívio.
Pois a magnífica fachada de Notre-Dame poderia ser comparada a um leão, mas sem juba; e a flecha completa o que faltava, alivia, põe uma nota de graça, fantasia, delicadeza e de um quase irreal que satisfaz.
Pode-se conceber que o anjo da flecha de Notre-Dame seja um anjo que proteja todas as belezas do gênero da agulha no mundo inteiro.
A mensagem das torres é robustecida e aliviada pelo cântico gracioso da flecha!”
As duas torres falam colossalmente do real.
Mas a flecha fina e esguia, subindo rumo ao infinito, representa o irreal, que aprimora o melhor da realidade da catedral e sua legenda.