Após os horrores revolucionários da Revolução Francesa e as não menos revolucionárias nem menos sangüentas guerras de Napoleão, os príncipes legítimos da casa de Bourbon, retornaram a Paris.
O primeiro em entrar na antiga capital do reino, foi o Conde de Artois ‒ futuro Carlos X ‒ irmão caçula do decapitado rei Luis XVI.
A entrada do Conde de Artois em Paris foi um episódio de fábula.
Se não fosse o caráter pagão das “Mil e uma Noites”, a gente diria uma fábula das “Mil e uma Noites”.
Ele era um príncipe feito mais de cristal do que de carne, tendo todas as graças e os charmes da delicadeza francesa, tendo todas as finuras, os raffinements, as cortesias da elegância francesa.
Tendo, ao mesmo tempo, uma atitude paternalíssima em relação ao povo.
Entrada do conde de Artois em Paris |
E o Conde de Artois avançava sem se perturbar, enquanto o povo abria caminho.
O povo da Áustria fica simplesmente derretido e emocionado quando um arquiduque da casa imperial volta, depois de uma longa perseguição. É a volta de um pai inocente.
No caso da França não. O príncipe é o sonho que todo o mundo gostaria de ter, que gostaria de viver, com o qual se pensava quando os canhões brutais soavam perto de Paris anunciando as violentas vitórias de Napoleão.
No fundo os corações do povo de Paris pensavam no toque dos sinos da Catedral de Reims quando era coroado um rei da França.
Nossa Senhora, Reims |
Eles batiam pensando na cerimônia da coroação, uma das mais belas cerimônias da Cristandade.
A catedral de Reims é a catedral feita pela França monárquica para prestar culto ao representante temporal de Deus na Terra.
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