Basílica de Nossa Senhora, Cracóvia, Polônia. |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A expressão mais completa da arte medieval em França encontra-se na sua arquitetura, nas suas catedrais, onde quase todas as técnicas foram empregadas.
Existiu sem dúvida a arte profana, pois são numerosas as cenas alegóricas ou tiradas da Antiguidade.
Mais numerosos ainda os retratos, os quadros guerreiros, campestres ou idílicos, em que a natureza nunca está ausente.
Mas foi nas suas catedrais que ela pôs toda a sua alma.
Acontece — e não é por acaso — que a arquitetura medieval floresceu mais ainda em França do que em qualquer outra região.
Poucas das nossas aldeias escaparão à presença de algum vestígio dela, sob a forma por vezes muito humilde de um simples pórtico perdido no meio da alvenaria moderna, ou por vezes sob a forma de uma magnífica catedral, desproporcionada em relação à aglomeração que presentemente a circunda.
A serenidade um tanto maciça dos edifícios românicos é realçada por uma decoração agitada e turbulenta, com cenas de grandeza vertiginosa tiradas do Apocalipse, e banhadas ainda de influências orientais.
Uma evolução desta arte deu nascimento ao cruzeiro de ogiva e à arquitetura gótica, da qual o nosso país — exatamente o coração do nosso país, a Ilha de França — talvez tenha sido berço.
Catedral de York, Inglaterra, se inspirou no gótico normando importado da França |
Como mais de uma vez se tem observado, os templos antigos estão ligados à terra: as suas colunas maciças; a absoluta regularidade do seu plano; os cânones que determinam a sua disposição e decoração; as suas linhas horizontais.
Tudo neles se opõe às nossas catedrais, em que a linha é vertical, em que a flecha aponta para o céu, em que a simetria é desdenhada sem por isso comprometer a harmonia, em que por fim as exigências da técnica se aliam com uma facilidade desconcertante à fantasia dos mestres-de-obras.
Quando se examina de perto uma catedral gótica, somos sempre tentados a ver nela alguma espécie de milagre.
Essas colunas que nunca se encontram em rigoroso alinhamento, e contudo suportam o peso do edifício.
Um dos órgãos da catedral de Estrasburgo |
Nos monumentos antigos, um simples capitel descoberto permite reconstituir um templo inteiro.
No caso de uma catedral gótica, seria impossível reconstituí-la inteira, ainda que se descobrissem dela 70%.
No entanto, apesar dessa aparente desordem, nenhuma obra impõe ao arquiteto mais regras e obrigações do que a construção de uma igreja: orientação, iluminação, necessidades do culto, necessidades materiais provenientes da natureza do solo ou da sua situação, e ainda outras tantas dificuldades, que o mestre-de-obras parece ter quase sempre resolvido com facilidade.
Certas igrejas, como a de Estrasburgo, estão construídas sobre pântanos ou rios subterrâneos.
Outras — por exemplo, as Santas Marias do Mar, ou algumas igrejas do Languedoc — são praças-fortes em que a própria obra deve constituir uma defesa.
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Sou encantada c as catedrais principalmente as goticas ,apenas sinto falta dos videos qdo o Gloria era disponibilizado p postagens,,,Grata
ResponderExcluirÉ lindo os comentários
ExcluirVeja!
ResponderExcluirPadre Fortea imagina um “templo magnificente” para Conferências Episcopais em novo livro
http://www.acidigital.com/noticias/padre-fortea-imagina-um-templo-magnificente-para-conferencias-episcopais-em-novo-livro-42182/
Vamos ver se essa ideia pega, já que está na moda o modernismo na arquitetura.
É lindo os comentários
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