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terça-feira, 3 de outubro de 2023

LEÓN: a catedral da Reconquista

Catedral de León, nave central
Catedral de León, nave central
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs









A catedral de LEÓN em todo seu esplendor

A catedral Santa Maria de León é dedicada a Nossa Senhora sob a invocação de Sant Maria de la Regla, também chamada de “Pulchra leonina” pela sua beleza, a mais requintada do antigo reino de Leão.

Construída entre os séculos XIII e XIV, a atual catedral é uma obra-prima do gótico espanhol.

Ela foi construída segundo o modelo do gótico francês em plena guerra de Reconquista para banir os mouros da Península Ibérica.

Nos primórdios conhecidos da História, no local da atual catedral a Legião VII romana apelidada de Gemina construiu termas e prédios públicos.

Tendo progredido a Reconquista da Espanha, os prédios públicos foram transformados em palácio real.

No ano 916, Ordoño II (914-924), rei de Leão, venceu os muçulmanos na batalha de San Esteban de Gormaz.

Em ação de graças a Deus pela vitória, o rei cedeu seu palácio para construir a primeira catedral espanhola.

O bispo Fruminio II consagrou o prédio, no qual repousam até os nossos dias os restos do rei Ordoño II, falecido em Zamora no ano 924.

Altar-mor, detalhe, catedral de León, Espanha
Altar-mor, detalhe, catedral de León, Espanha
A primeira igreja havia sido regida pelos monges de São Bento e não devia diferir muito de outras igrejinhas da época.

O emir islâmico Mohammed ibn-Abi Amir al-Manzor (938-1002) devastou a cidade e suas igrejas.

A velha catedral foi restaurada e nela foi coroado o rei Alfonso V, o Nobre (999-1028). Mas a restauração se impunha.

Fernando I, o Grande (1035-1065), ordenou a construção de uma segunda catedral. Ela deveria ser em estilo românico, mas na prática já foi gótica, feita de tijolo, e consagrada em 10 de novembro de 1073.

Porém, o último rei de Leão, Alfonso IX (1188-1230), dispôs o início da terceira e atual catedral por volta de 1205. Ela só foi concluída no século XV.

A catedral foi objeto de sucessivas restaurações, obras de aperfeiçoamento e expansão até a nossa época, visando conservar esta maravilha arquitetônica.

A fachada do século XIII exibe uma grande riqueza de estátuas e requintada rosácea central, flanqueada por duas torres góticas de 65 e 68 metros de altura.

Nuestra Señora la Blanca, catedral de León
Nuestra Señora la Blanca, catedral de León
No centro, rodeada por uma corte de santos e anjos de refinada elegância, resplende Nuestra Señora la Blanca, a Virgem do doce sorriso.

A nave principal é uma arca de luz. Mede 90 metros de comprimento, 29 de largura e 30 de altura.

O conjunto dos vitrais é único na Espanha: tem uma superfície de 1.200 m2, formando 125 painéis e 57 medalhões. É o mais importante grupo de vitrais da Europa depois dos famosíssimos de Chartres, na França.

O retábulo do altar-mor também está consagrado a Nossa Senhora e é um exemplo da plenitude do gótico no século XV. Foi pintado por Nicolás Francés (v.1390-v.1468).

Ao pé do altar, um relicário de prata conserva as relíquias de São Froilán, padroeiro da cidade.

Numerosas imagens fazem alusão à peregrinação a Santiago de Compostela, pois Leão ficava na estrada.

O pórtico da Virgem também é chamado de “del Dado”, porque certa feita um jogador que perdeu lançou seus dados contra a fronte do Menino Jesus, cuja imagem se pôs a sangrar.

A catedral também guarda sepulturas de altos personagens eclesiásticos e nobiliárquicos, inumeráveis peças de marfim, pinturas, panos e cerâmicas, além de antiquíssimos pergaminhos com mais de um milênio de existência.

A catedral de Leão representou o polo dos guerreiros católicos que não queriam compactuar com o Islã nem aceitar estilos como os dos mozárabes, que misturavam influências islâmicas com cristãs.

Eles apelaram para a cultura francesa, bem como para os monges e cavaleiros dessa mesma origem, conseguindo finalmente banir o invasor.


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terça-feira, 26 de setembro de 2023

Catedral de VIENA: a bondade apoiada na força

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A catedral de Viena durante à noite aparece fortemente iluminada.

Ela é composta de dois corpos de edifícios inteiramente distintos: uma torre enorme, mas muito delicada, esguia e forte ao mesmo tempo.

A força, o esguio e o delicado se compunham admiravelmente e se elevavam audaciosamente até uma altura de causar surpresa.

Ao lado disso, o corpo do edifício é bem mais baixo.

Como que apoiado na torre arrojada da catedral, parece com uma casa de família encostada numa fortaleza.

A casa de família, íntima, agradável, acolhedora, afável, distinta, digna, muito bela, mas o que têm de melhor nela é o arrojado da torre na qual ela se amparava.

Seria um pouquinho como esposa e esposo.

O esposo é a torre: forte, enérgico, batalhador; a esposa delicada, mãe de família, amorosa, etc.

De maneira que a colaboração da bondade com a força dá a figura do estado temperamental de quem exerce a autoridade.

Por este símbolo se deixa ver a autoridade da Igreja, que é a autoridade das autoridades.

Sem a Igreja não há nenhuma autoridade que prevaleça durante o tempo necessário com o fundamento necessário, etc.

Então, a catedral representa a autoridade da Igreja apoiada na autoridade do Estado, e também a autoridade da mãe apoiada na autoridade do pai, e a autoridade da imperatriz apoiada na do imperador.





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terça-feira, 19 de setembro de 2023

Catedral de COLÔNIA: o inimaginável e o sonhado

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Sempre que eu vejo a catedral de Colônia, no mais fundo de minha alma há um encontro de duas impressões contraditórias.

De um lado, a impressão de que é uma igreja tão bela que, se eu não a conhecesse, não seria capaz de sonhá-la. E que ela, portanto, supera qualquer sonho que eu tivesse.

De outro lado, olhando para ela, algo de mim diz no fundo de minha alma:

"Isso deveria mesmo existir! Isso deveria de fato ser assim!

Essa fachada inimaginável é, paradoxalmente para mim, ao mesmo tempo uma fachada conhecida – e uma velha conhecida – como se eu durante toda a minha vida tivesse sonhado com ela!".

E então, o inimaginável e o sonhado se encontram na aparente contradição. E esse encontro satisfaz profundamente a minha alma.

Eu tenho uma impressão interna de ordenação, de elevação, de apaziguamento e de força, um convite à combatividade que vem do fundo da minha alma e que me faz bem.

Há qualquer coisa em nós que deseja outra coisa que não somos capazes de imaginar. E quando esse fundo vê certas coisas para as quais foi feito, ele como que encontra um velho conhecido.

Mas também tem uma surpresa porque encontra o inimaginável.

Então, no mais profundo de cada um, há algo que delineia uma figura de maravilhas sem nós percebermos.

Esse fundo em nós, quando encontra a maravilha anelada, como que exclma:

“Ah! Aqui está a fachada que eu esperava! Eu não podia morrer sem ter visto esta fachada.

“A minha vida não seria completa, e eu não seria inteiramente eu mesmo se não tivesse visto isso.

“Ó fachada bendita, ó estilo bendito, que fazem com que eu venha à tona de mim mesmo e, por assim dizer, me conheça a mim mesmo, e conheça algo para o que eu fui feito e que se exprime nela.

“Algo de misterioso que pede toda a minha dedicação e entusiasmo, que pede à minha alma que seja inteiramente daquele jeito.

“É uma escola de pensamento, de sensibilidade, um estilo de vontade para o qual eu sinto que nasci.

Filho das trevas não gosta. O filho das trevas odeia. E são as trevas que o fazem odiar aquilo.

Mas se são as trevas que o fazem odiar aquilo, como é que se chama aquilo no fundo de mim por onde eu amo aquilo?

Não pode deixar de chamar-se luz!

Imagem de Nossa Senhora muito venerada na catedral
Já que é o contrário das trevas, é o odiado pelas trevas, representa a ordenação mais alta, mais perfeita que o meu espírito pode conceber, então aquilo se chama luz.

Então, há um conceito de luz que nasce para o meu espírito, que bem entendido não é a luz elétrica, nem é sequer a linda luz que passa pelos vitrais.

É muito mais do que a luz elétrica e do que a luz que passa pelos vitrais: é uma luz que está dentro da alma humana à procura do luminoso fora, para a festa do encontro e da participação.

A luz de dentro encontra a luz de fora.

Mais belo do que todos os vitrais da catedral de Colônia é o lumen que há no fundo de nós, por onde nós nos extasiamos quando vemos essa catedral.

É um movimento de alma, uma claridade, um desejo que está em nós e que é mais belo do que aquilo que nós desejamos.

Imaginem que alguém fosse oferecer a Nossa Senhora uma rosa. Ela é a Rosa Mística, Ela é a Rosa de Jericó.

Imaginem que alguém se ajoelhasse e oferecesse a Ela a mais bela rosa que jamais houve, que houvesse e que haverá. Ela olhasse a rosa e tivesse para com ela um sorriso encantador.

É o que havia no fundo d’Ela que encontrou a rosa e brilhou com ela.

Quanto o sorriso de Nossa Senhora é mais belo do que o sorriso da rosa! Portanto, aquilo que há no fundo da alma d’Ela vale mais do que aquilo que A fez sorrir!

Se Ela se condescendesse em no-la dar, Lhe pediríamos a rosa de presente.

E se ela estivesse murcha, nós a guardaríamos com cuidado num álbum, no qual nós escreveríamos: ‘A rosa diante da qual o sorriso sorriu’.

Por quê? Porque o que havia no fundo d’Ela valia muito mais do que a rosa.

Nós poderíamos, dirigindo-nos a Ela, rezar: Rosa Rosarum, ora pro nobis.

Rosa das rosas, requinte de rosa, transcendência de rosa, aquilo para o qual a rosa não é senão uma vaga comparação e, entretanto, a mais bela rosa do universo!

Rosa que floresce no fundo da alma d’Aquela que ama a rosa. E que é tão bela por causa disso. Rosa da alma tão mais bela do que a rosa material.

Isso nós podemos dizer das almas que amam a Catedral de Colônia.

Uma pessoa sorri cada vez que olha essa catedral em espírito de Fé e se entusiasma; sorri ao admirar um vitral, uma ogiva, uma escultura, as torres, aquela pequena agulha que aparece entre as duas torres; no fundo da alma, a catedral e as maravilhas que todos nós temos em germe.

E isto agrada mais a Nosso Senhor no sacrário e a Nossa Senhora no Céu do que a Catedral.

(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira, excertos de conferência proferida em 13/10/79. Sem revisão do autor).




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terça-feira, 12 de setembro de 2023

Catedral de REIMS: fatos históricos simbólicos

Catedral de Reims iluminada na noite
Catedral de Reims iluminada na noite
Luis Dufaur
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A catedral de Reims é tão carregada de história que haveria dificuldade em tecer sobre ela apenas um comentário.

Até o reinado de Luís XVI, foi o templo onde os reis de França eram sagrados. Houve uma espécie de sagração póstuma do rei Carlos X, irmão de Luís XVI, que reinou após a Revolução Francesa.

Essa catedral francesa tornou-se um símbolo da arte gótica, juntamente com a catedral do Notre-Dame de Paris.

As sagrações dos reis de França que se realizaram em Reims foram as festas mais características e simbólicas da glória e da pompa da Idade Média.

O rei de França era cognominado Rex Cristianissimus (Rei Cristianíssimo) e sua sagração transcorria numa cerimônia que empolgava a Europa inteira.

Um fato simbólico que sempre me impressionou ocorreu em Reims. As igrejas góticas ostentam em seu exterior estátuas e imagens, mas durante a Revolução Francesa elas foram decapitadas.

Previamente à coroação do rei Carlos X, a fim de que a sagração não se passasse em condições tristes, com a visão daquelas imagens decapitadas, modelaram cabeças de pedra e as recolocaram nas imagens.

Interior da catedral de Reims
Interior da catedral de Reims
Entretanto a restauração monárquica de Carlos X não foi uma verdadeira Restauração. Ele manteve muitos aspectos péssimos oriundos da Revolução Francesa.

Então, aplicava-se a ele o dito magnífico de Joseph de Maistre numa correspondência ao rei da Sardenha: “Majestade, depois da queda de Napoleão, tudo foi reposto, nada restaurado”.

Quando o cortejo de Carlos X chegava à catedral de Reims, os canhões começaram a troar. Entretanto, à medida que os estampidos dos canhões iam retumbando, as cabeças das imagens iam caindo... Simbolicamente, “tudo tinha sido reposto, nada restaurado”.

Foi um modo eloquente de a Providência manifestar a fatuidade da obra que se estava empreendendo. O fato simbólico patenteou a inutilidade de todos os esforços católicos contra-revolucionários que não sejam radicais, completos e de índole profundamente religiosa.

A restauração da civilização cristã só pode efetivar-se de modo durável se for inteiramente radical e profundamente religiosa.

(Autor: excertos da conferência proferida pelo Prof. Plinio Corrêa de Oliveira em 23 de maio de 1967. Sem revisão do autor.)


História da catedral de Notre-Dame de Reims

A Catedral de Notre-Dame de Reims disputa com as catedrais de Paris e Chartres, também dedicadas a Nossa Senhora, o título da catedral gótica mais importante da França.

Localiza-se na cidade de Reims, na região de Champagne, produtora do famoso vinho espumante. Como quase todas as grandes catedrais, a atual foi construída no século XIII em substituição a uma antiga igreja.

São Remígio, bispo de Reims, batiza Clóvis, rei dos Francos
São Remígio, bispo de Reims, batiza Clóvis, rei dos Francos
Nos tempos bárbaros e romanos, Reims foi um importante centro comercial. Os romanos chegaram no ano 58 a.C. e encontraram uma região rica em vinhos, madeira, carne e lã, e com ela fizeram aliança.

No ano 250, Reims já era sede do bispado de Champagne, e a conversão das hordas bárbaras ao catolicismo foi conseguida pelos religiosos de Reims.

O marco histórico foi o batismo de Clóvis I, rei dos francos, no ano 498. Clóvis e seu povo deram origem à França e foram o braço armado da Igreja Católica nos caóticos tempos após a queda do Império Romano.

A primeira catedral foi uma pequena igreja, consagrada a Nossa Senhora na época do batismo de Clóvis. No ano 816, ela foi reconstruída para abrigar a cerimônia de coroação do rei da França.

A atual catedral foi iniciada em 6 de maio de 1211 pelo arcebispo Aubrey de Humbert.

Na década seguinte foi completado o coro e as capelas laterais indispensáveis para a celebração da Missa.

A fachada principal foi iniciada em 1252 por Jean le Loupe e os pórticos foram concluídos em 1256.

Em 1299, Robert de Coucy completou a fachada até o nível onde está situada a Galeria dos Reis. A guerra dos Cem Anos, a grande peste de 1348 e um grande incêndio em 1481 atrasaram o projeto.

Aa catedral atingiu a aparência atual apenas 300 anos após a colocação da pedra fundamental, e ainda alguns elementos como as torres permanecem incompletos.

O comprimento da nave chega a 139 metros, maior que Chartres. A largura é de 13 metros e a altura de 35 metros (equivalente a um prédio de doze andares)

Santa Joana d'Arc, imagem na catedral de Reims
Santa Joana d'Arc, imagem na catedral de Reims
A área construída é de 6.650 m2, e a catedral de Reims é, além de belíssima, é uma das maiores obras arquitetônicas e religiosas da humanidade.

O projeto previa a construção de sete torres, mas apenas as torres da fachada principal foram concluídas.

Em 1917, em plena I Guerra Mundial cerca de 300 bombas incendiarias danificaram gravemente a abóbada. A restauração ficou concluída em 1937.

Em 17 de julho de 1429 sob o auspício de Santa Joana D’Arc foi coroado o rei Carlos VII, fato histórico que encaminhou o fim da guerra dos Cem Anos.

Na ocasião, disse ela: “Nobre Rei, assim é cumprida a vontade de Deus, que desejava que eu liberasse a França e vos trouxesse à Reims, para receberdes esta sagrada missão e provar à França que sois o verdadeiro Rei”.

Santa Joana D’Arc é cultuada como a maior heroína e uma santa protetora da França.

Leia a milagrosa gesta de Santa Joana d’Arc:

1. A epopeia gloriosa de Santa Joana d’Arc entra pelo III milênio

2. Tribunal tenta enganar a heroína

3. Missão profética da Donzela de Orleans

4. Uma donzela que desfez o melhor exército da época

5. Sagração do rei em Reims

6. Juízes venais, filosoficamente democráticos, condenam a santa

7. A virgem guerreira na fogueira

8. O grande retorno da heroína santa


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