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terça-feira, 29 de abril de 2025

O gótico e a luz primordial da Inglaterra: apostolado de Pugin

Westminster Parlamento

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A grandeza imperial da Inglaterra do século XIX consistiu em absorver o império colonial de Portugal e da Espanha e de os reduzir a nada.

Essa já não era a Inglaterra do Parlamento cheio de espírito gótico.

Essa não era a Inglaterra de Westminster.

É uma outra Inglaterra: a do dinheiro.

Nas obras de arquitetura aparecem a luz primordial e o pecado capital dos povos, e mostram como os dois coexistem no dia de hoje.

Dentro da Inglaterra do dinheiro há uma nostalgia da Inglaterra medieval.

Eles acham que não é preciso romper inteiramente com a Inglaterra gótica.

E Augustus Welby Pugin teve alma para compreender esse problema e soube representar a luz primordial na arquitetura.

Ele falou para um filão que ainda está vivo na Inglaterra de hoje.

Westminster HallEle compreendeu a alma inglesa, ele compreendeu sua a luz primordial.

Ele viu os pontos de sensibilidade em que essas almas são trabalháveis para o bem.

Isso exige um espírito profundamente católico.

Ele soube tocar, por meios simbólicos, a alma de seu país.

Ele soube realizar monumentos que muitos, até protestantes, admiraram.

Ele tanto soube tocar, que ele foi odiado.

E um indivíduo nunca pode ter a certeza de que ele está acertando, enquanto ele não ouviu o gemido do adversário.

St Giles, Cheadle, arquitectura de Pugin ©Fr Lawrence OPEnquanto o adversário não soltou uma imprecação, ou não gemeu, ele pode estar duvidando do seu próprio acerto.

Ele foi odiado por alguns protestantes, ele foi odiado por muitos católicos, sobretudo pelos católicos liberais, ou antepassados dos progressistas.

Seria uma glória que genuínos católicos ingleses, algum dia, mandem construir uma coisa que esse homem sonhou e que ele não chegou a realizar.

Seria a mais alta homenagem a um homem tão católico.

Os homens que não procuram realizar coisas sonhadas pela fé, esses não são homens.

Assim foi a alma dos construtores das catedrais da Idade Média.

Mas o espírito deles não ficou restringido à era medieval.

Ele vive na Igreja Católica que inspira, a través dos séculos, ousadias mais medievais das que tentaram os próprios medievais.




(Autor: Plinio Corrêa de Oliveira. Apontamentos sem revisão do autor).


Vídeo: Pugin: o arquiteto de Deus




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terça-feira, 15 de abril de 2025

Faça uma visita virtual à Catedral de SANTIAGO DE COMPOSTELA

Veja vídeo


A história da catedral de Santiago de Compostela começou pelo ano 813, quanto um eremita de nome Pelayo e alguns pastores se depararam com uma estranha luminosidade.

Aquela misteriosa luz se espalhava sobre um pequeno bosque perto de um morro chamado Libredón. A paisagem, em certos momentos, ficava tão clara que se parecia a um campo estrelado (Campus Stellae = Compostela).

Teodomiro, o bispo local, informado do estranho fenômeno, soube que a luz focara no chão uma antiga arca de mármore. Nela se teria encontrado os restos humanos que se dizia pertencer ao Apóstolo Santiago.

Segundo uma história antiga o Apóstolo decidiu evangelizar a Espanha, mas foi decapitado pelo rei Herodes Agripa na Palestina.

O corpo dele, então, foi lançado ao mar num barco no porto de Jaffa. Sem tripulação, sem leme, soprada só pelo vento, a nau aportou nas costas da Galícia, que os romanos chamavam de Finis Mundi.

Recolhida da praia, a arca fora enterrada num “compostum”, quer dizer um cemitério.



Incenso na Catedral de Compostela: o "botafumeiro!



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terça-feira, 1 de abril de 2025

Nossa Senhora triunfou na restauração de NOTRE DAME

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Furor da Revolução gnóstica e igualitária


Ë doloroso, mas exigido pela verdade, reconhecer que após dois mil anos de vida, a Santa Igreja Católica se nos apresenta hoje como Nosso Senhor Jesus Cristo na Sua Paixão, quando chegou gotejando sangue e cambaleando sob a Cruz no topo do Calvário.

Ao longo de um cambaleio de 20 séculos de glória, de martírio e de perseguição, a Igreja chega em nossos dias ao auge do seu desfiguramento.

Quem teria imaginado essa Instituição divina — que São Luís IX tanto amou, pela qual São Fernando lutou tanto, os cruzados fizeram o que fizeram e os mártires morreram — desfigurada pelo véu ignóbil do progressismo?

O incêndio da catedral paradigmática da Cristandade pareceu simbolizar o episódio terminal dessa desfiguração criminosa, senão satânica.

Mas Nossa Senhora patenteou o contrário, fazendo despertar no fundo das almas o amor a Ela e à época “em que o espírito do Evangelho penetrava todas as instituições”, como ensinou o S.S. Leão XIII sobre a Idade Média.

A fulgurante restauração soou como uma primeira trombeta que anuncia o Reino de Maria cada vez mais próximo de nós.

“Fumaça de Satanás” ainda presente


O negrume da “fumaça de Satanás” não esteve ausente neste momento de vitória de Nossa Senhora, patenteando que ainda há combates a serem travados.

Por exemplo, o Arcebispo de Paris e seus coadjutores se apresentaram na inauguração com vestes litúrgicas confeccionadas por uma casa de modas que se vem notabilizando em dessacralizar as indumentárias sacerdotais e os hábitos religiosos desde o Concílio Vaticano II.

A reabertura foi terrivelmente desfigurada pelas vestes usadas por D. Ulrich, arcebispo de Paris, e pelos prelados coparticipantes, registrou a jornalista Jeanne Smits .

A casa de costura Castelbajac vestiu os bispos com uma capa de cores berrantes. Por isso, foram ridicularizados nas redes sociais por sua perturbadora semelhança com o logotipo do Google.

As crianças perguntavam aos pais por que bispo estava vestido de palhaço... Sua extravagância contrastava com a delicada “renda de pedra” de Notre-Dame.

Na noite do trágico incêndio, o presidente Macron falara de um concurso internacional para se restaurar a catedral em estilo “contemporâneo”.

A França se ergueu indignada contra tal proposta, que violava ademais leis e tratados internacionais.

O governo, que confiscou o prédio sagrado nas sinistras jornadas da Revolução Francesa, ficou com as mãos amarradas por suas próprias leis.

Mas incitado pelo Arcebispo, está tentando novamente substituir os belíssimos vitrais por outros horríveis, “contemporâneos”.

O poder eclesiástico teve luz verde para trocar os objetos litúrgicos estragados na tragédia por outros até mais berrantes: altar, púlpito, cátedra em forma de caixão, tabernáculo, pia batismal, relicário psicodélico para a Coroa de Espinhos.

Feios artefatos inadequados ao esplendor gótico da catedral que ficariam deslocados em qualquer igreja onde se celebre uma liturgia como deve ser, avaliou Jeanne Smits .

Da Cidade Eterna, a colunista Cristina Siccardi falou de roupas desenhadas pelo estilista pop e figurinista de séries de televisão americana.

Elas deram à maior parte dos fiéis do mundo a impressão de um desfile circense mais próprio de um filme que debocha da Igreja, completada por um báculo arcebispal com aparência de um brinquedo de mau gosto fabricado na China .

Omitimos, por amor à brevidade, outras peças desagradáveis registradas pela jornalista romana.

Nossa Senhora triunfante


Poucos dias antes das cerimônias inaugurais, a imagem de Nossa Senhora de Paris, ou Virgem do Pilar, foi levada de retorno à sua casa em comovente procissão iniciada na catedral provisória de St.-Germain l’Auxerrois.

A verdadeira dona da catedral vira cair dezenas, senão centenas, de pedras, entulho, chumbo derretido e madeiras em brasa, provenientes do desabamento da agulha e do teto, afundando o piso a poucos centímetros de seus pés e destroçando o altar principal e outros objetos de culto modernos.

Ela, porém, ficou milagrosamente intacta, não requerendo mais do que uma simples remoção da poeira.

A imagem em pedra mede 1,8 m e representa Nossa Senhora vestida com roupas de rainha e coroa na cabeça.

Na mão direita segura o “lírio” símbolo do reino dos lírios, a França. No braço esquerdo sustenta o Menino Jesus, que detém em suas mãos o globo, representando o mundo inteiro.

E o Divino Infante, o Salvador do Mundo, mostra que a Terra toda depende d´Ele, mas manifesta encontrar suas delícias brincando com o véu de sua Mãe .

A troca de sorrisos entre Nossa Senhora e o Menino Jesus nessa imagem faz ressuscitar em nós formas de ternura, de pureza, que nós poderíamos achar completamente desaparecidas.


É a Rainha que pode mobilizar milhões de anjos, mas que vendo-A compreendemos bem a importância da “escravidão de amor” que São Luís Maria Grignion de Montfort nos convida a fazer em suas mãos.

Uma escravidão a uma Senhora que nos empolga, fascina e salva.

Ela desperta na nossa alma um mundo de riquezas afogadas pela Revolução gnóstica e igualitária.

Ela está tão embebida pela virtude que a enormidade do mal “moderno” fica excluída, pela rejeição, intransigência, integridade e deliberação que resplandecem em seu sorriso num equilíbrio tão requintado, que não há mal nem catástrofe que altere.

Nem mesmo a investida progressista dentro da Igreja .

Ela carrega todas as graças da história da civilização cristã e manifesta um tal poder, que torna evidente o advento de uma era histórica a Ela consagrada após ter sido enxotada toda forma de mal, como Ela mesma prometeu em Fátima.



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