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Saint-Eustache encheu para ouvir o Coro de Notre Dame no Natal
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
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Passaram-se dois anos e meio desde o incêndio que devastou Notre Dame. Mas quando se anunciou que o coro da Catedral de Notre Dame voltaria a cantar para o Natal na imensa igreja de Saint-Eustache o público acorreu tão numeroso que quase não podiam se ver os cantores, observou o correspondente do
“The New York Times”.
A tradição musical de Notre Dame é tão antiga quanto a própria catedral, cujas origens góticas remontam ao século XII. Ali nasceu o cântico polifônico além de se desenvolver o gregoriano e a arte dos órgãos.
Quando a catedral ardeu, muitos choraram o fim de uma época gloriosa, que incluía a velha escola de música da catedral e seus coros, reunidos na Maîtrise de Notre Dame. A maior parte dos músicos e dos auxiliares foi dispensada.
Mas Notre Dame pode dizer de si as palavras de Cícero que a Igreja aplica a si própria:
“alios vidi ventos aliasque procelas” (“Eu já vi outros ventos, e afrontei outras tenebrosas tempestades”) (
L. Calpurnium Pisonem Oratio, n.IX)