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Batistério, Catedral e Campanile de Florença |
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs
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Este é o famoso Duomo de Florença, a catedral de Florença.
Ela é toda feita de mármore branco e preto.
A mesma coisa que nós encontramos nas fachadas laterais da
Basílica de Orvieto.
Vê-se a oposição de estilos.
Florença, muito mais importante e rica do que
Orvieto, ousou fazer para si uma catedral que não tem um mosaico na frente.
A superioridade dos habitantes de Florença, segundo o modo de entender deles, está em que, cores bonitas, mosaicos, etc., seriam enfeites fáceis, para imaginações débeis.
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Cúpula sobre o transepto da Catedral |
Por isso procuraram na catedral uma proporção perfeita entre a torre, o corpo da igreja, a abóboda com aquela torrezinha em cima e as naves laterais.
Isso está sumamente bem calculado como estão bem calculadas nas portas as rosáceas, as ordens com colunatas, a rosácea grande, numa construção estética por eles reputada perfeita.
Então, a reflexão, o equilíbrio, a profundidade, zombam do ornato, do charme, da graça, e tem uma beleza autêntica que resiste à metralhagem dos olhares analíticos que querem encontrar um defeito.
A catedral parece dizer:
"Eis-me aqui, sem despojos nem maquiagem, eu sou eu, veja como sou linda."
A cúpula fecha muito belamente em cima.
Ela tem uma proporção bonita com a base branca sobre a qual ela se pousa.
Mas a meu ver, ela é muito pesadona para o conjunto do edifício.
A torre da Catedral tem um pequeno vestígio de gótico nas imagens que estão embaixo de ogivas.
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Visão de conjunto da Catedral de Florença |
É muito bonito ver como vai se afinando discretamente para cima.
É muito bonita na sua monocromia .
O branco está utilizado magnificamente.
Os vários espaços e dimensões, os vários ornatos das várias coisas, está perfeitamente bem posto.
O batistério é mais enfeitado e é muito bonito, tal vez um pouco empiriquitado.
Plinio Corrêa de Oliveira. Sem revisão do autor.
História e estilos da catedral de Florença
A Basílica de Santa Maria del Fiore é a catedral, ou Duomo, de Florença. Sua monumental cúpula é obra de Filippo Brunelleschi e o campanário de Giotto.
O nome (cuja tradução é Santa Maria da Flor) se refere ao lírio símbolo de Florença.
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Na noite resplandecem aspectos medievais
da catedral de Florença |
O atual Duomo de Florença foi construído durante seis séculos. O projeto original foi elaborado por Arnolfo di Cambio no final do século XIII, mas a fachada esperou até o século XIX para ser concluída.
Antigamente, no seu lugar estava a velha catedral dedicada a Santa Reparata, que tinha nove séculos.
Em 1293, Ser Mino de Cantoribus sugeriu substituir Santa Reparata por uma catedral que “a indústria e o poder do homem não pudessem inventar ou mesmo tentar nada maior ou mais belo”.
O projeto foi confiado a Arnolfo di Cambio em 1294, e a construção avançou até 1302 quando faleceu Arnolfo.
Em 1330, a descoberta do corpo de São Zenóbio em Santa Reparata, que ainda estava parcialmente de pé deu novo impulso à obra.
Em 1330, o famoso Giotto di Bondone concentrou suas energias na construção do campanário.
Sob Francesco Talenti, entre 1349 e 1359, fez-se um novo projeto para o Duomo. Santa Reparata terminou de ser demolida em 1375.
A Catedral foi consagrada pelo Papa Eugênio IV em 25 de março (o Ano Novo florentino) de 1436, 140 anos depois do início da construção.
A fachada original, desenhada por Arnolfo di Cambio, só foi terminada até o terço inferior.
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Florença: o humanismo renascentista abafou
o espírito sobrenatural medieval original |
Esta parte medieval foi desmantelada por ordem de Francesco I de Medici entre 1587 e 1588, pois era considerada totalmente fora de moda.
O naturalismo neopaganizante da Renascença havia tomado conta da cidade.
Afastado o projeto medieval, o espírito sobrenatural desapareceu.
A briga pela fachada nova entrou no espírito de intriga e políticagem moderno. E virou um escândalo perpetuo, onde os desenhos apresentados não eram aceitos, ou violentamente contraditados.
A fachada só foi terminada no século XIX. Em 1864, Emilio de Fabris fez uma enorme fachada de mosaico em estilo neogótico. Foi adornada com estatuária elegante e austera. Em 1903 terminaram-se as portas de bronze.
A rica estatuária e ornamentos originais pelo menos não foram jogados fora. Eles sobrevivem no Museu Opera del Duomo e em museus de Paris e Berlim.
As decorações internas são austeras, e muitas se perderam no curso dos séculos. Alguns elementos acharam abrigo no Museu Opera del Duomo. Subsistem os monumentos a Dante, a John Hawkwood, a Niccolò da Tolentino, a Antonio d'Orso, e os bustos de Giotto, Brunelleschi, Marsilio Ficino, e Antonio Squarcialupi.
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