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quarta-feira, 25 de setembro de 2013

O mistério de Dijon: o campanário foi feito pelas fadas ou pelos anjos?

Dijon, a cidade dos cem campanários: a catedral no fundo, São Filiberto na esquerda

Catedrais e igrejas têm também histórias, fatos e lendas para contar.

Entre muitas, está a história do campanário da igreja de São Filiberto, muito próxima da catedral Notre Dame de Dijon, capital da Borgonha, na França.

  “Dijon é a cidade dos cem campanários!”

Esta exclamação histórica foi pronunciada no topo da fortaleza de Talant pelo rei Francisco I assim que ele descobriu a seus pés o espetáculo inesquecível da capital da Borgonha – França – emergindo da bruma matinal.

Foi numa manhã de 1515. Grande mecenas das artes durante o Renascimento, Francisco I partia com um exército rumo à Itália.

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Notre-Dame: os mais belos aspectos da alma católica são perceptíveis na catedral

Na catedral de Notre-Dame em Paris, bela em cada um de seus pormenores, consideremos inicialmente as três portas do primeiro pavimento, encimadas por lindíssimas ogivas.

Em cada portal aparecem vários episódios da História Sagrada, esculpidos de um e outro lado da ogiva.

Acima das portas ogivais, uma fileira de estátuas. Não satisfeita em decapitar Luís XVI, a Revolução Francesa — cuja infâmia supera qualquer outro acontecimento histórico, exceto a traição de Judas — incitou alguns vândalos a subirem até essas esculturas e degolá-las.

Imaginemos que não existisse a parte superior do edifício, mas apenas o andar térreo coroado por essa espécie de balaústre acima das estátuas dos reis. Mesmo despojada dessa forma, ela seria uma edificação linda.

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Notre Dame triunfa em Paris por cima de todas as oposições

Notre Dame de Paris, vista aérea. A restauração ainda continua
Notre Dame de Paris, vista aérea. A restauração ainda continua


Continuação do post anterior

A restauração criadora de Viollet-le-Duc

“Deus escreve certo sobre linhas tortas”. É a única explicação para o despertar do interesse pelas catedrais góticas num século XIX já infectado pelos preconceitos positivistas.

Para ser breve, recorro uma vez mais a Irina de Chikoff,(15): Eugênio Viollet-le-Duc tinha 17 anos quando em 1831 Victor Hugo publicou Notre-Dame de Paris, verdadeiro manifesto a favor da arquitetura medieval desprezada durante séculos.

É surpreendente, pois Victor Hugo é o revolucionário que escreveu também Quatrevingt-treize.

Recém-casado, Viollet-le-Duc visitou Chartres e o Monte Saint-Michel em 1835. Foi para ele uma revelação, deixando-o convencido de que a arquitetura medieval era o estilo que melhor se adaptava ao gênio de seu país.

Pouco depois ele aceitava o convite de um amigo para fazer o levantamento dos principais monumentos medievais da França.

Tratava-se de Prosper Merimée, nomeado secretário da Comissão dos monumentos históricos pelo rei Luís Filipe.

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

O tufão satânico contra a catedral de sonho

Notre Dame viveu momentos trágicos
Notre Dame viveu momentos trágicos

Continuação do post anterior


As profanações e o saque da catedral

Impressionou-me ter ouvido certa vez um professor afirmar que, infelizmente influenciado por certas ideias revolucionárias, Luís XVI já teria aprovado a demolição da catedral de Notre Dame para erguer em seu lugar um templo em estilo grego, a exemplo da igreja de La Madeleine, em Paris.

Felizmente esse terrível desígnio não se realizou.

Como se sabe, no dia 21 de janeiro de 1793, a Revolução cortou a cabeça de Luís XVI na praça da Concórdia.

O monarca, aliás, se houve no momento da morte com um valor e uma resignação cristã exemplares. Impedindo inicialmente que o carrasco lhe amarrasse as mãos, olhou interrogativo para o sacerdote que o assistia junto ao cadafalso.

O Pe. Edgeworth lhe disse então que se deixasse atar, pois assim mostraria mais um sinal de semelhança com Nosso Senhor Jesus Cristo, injustamente condenado.

Em uma atitude digna de um mártir, o rei cessou de imediato qualquer resistência.