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quinta-feira, 28 de junho de 2018

O gótico e a luz primordial da Inglaterra: apostolado de Pugin

Westminster Parlamento

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A grandeza imperial da Inglaterra do século XIX consistiu em absorver o império colonial de Portugal e da Espanha e de os reduzir a nada.

Essa já não era a Inglaterra do Parlamento cheio de espírito gótico.

Essa não era a Inglaterra de Westminster.

É uma outra Inglaterra: a do dinheiro.

Nas obras de arquitetura aparecem a luz primordial e o pecado capital dos povos, e mostram como os dois coexistem no dia de hoje.

Dentro da Inglaterra do dinheiro há uma nostalgia da Inglaterra medieval.

Eles acham que não é preciso romper inteiramente com a Inglaterra gótica.

E Augustus Welby Pugin teve alma para compreender esse problema e soube representar a luz primordial na arquitetura.

Ele falou para um filão que ainda está vivo na Inglaterra de hoje.

Westminster HallEle compreendeu a alma inglesa, ele compreendeu sua a luz primordial.

Ele viu os pontos de sensibilidade em que essas almas são trabalháveis para o bem.

Isso exige um espírito profundamente católico.

Ele soube tocar, por meios simbólicos, a alma de seu país.

Ele soube realizar monumentos que muitos, até protestantes, admiraram.

Ele tanto soube tocar, que ele foi odiado.

E um indivíduo nunca pode ter a certeza de que ele está acertando, enquanto ele não ouviu o gemido do adversário.

St Giles, Cheadle, arquitectura de Pugin ©Fr Lawrence OPEnquanto o adversário não soltou uma imprecação, ou não gemeu, ele pode estar duvidando do seu próprio acerto.

Ele foi odiado por alguns protestantes, ele foi odiado por muitos católicos, sobretudo pelos católicos liberais, ou antepassados dos progressistas.

Seria uma glória que genuínos católicos ingleses, algum dia, mandem construir uma coisa que esse homem sonhou e que ele não chegou a realizar.

Seria a mais alta homenagem a um homem tão católico.

Os homens que não procuram realizar coisas sonhadas pela fé, esses não são homens.

Assim foi a alma dos construtores das catedrais da Idade Média.

Mas o espírito deles não ficou restringido à era medieval.

Ele vive na Igreja Católica que inspira, a través dos séculos, ousadias mais medievais das que tentaram os próprios medievais.




Plinio Corrêa de Oliveira. Testo sem revisão do autor.


Vídeo: Pugin: o arquiteto de Deus






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quinta-feira, 21 de junho de 2018

O gótico e a conjugação da força com a delicadeza em Londres

St Giles, Cheadle, arquitectura de Augustus Welby Pugin

Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
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Augustus Welby Pugin foi filho de um arquiteto francês de origem nobre, emigrado durante a Revolução de 1789.

Nasceu em Londres, a 1º de Março de 1812. Porém, foi educado pela mãe num rígido calvinismo.

Em 1834, aos 19 anos de idade, ele descobriu a arte medieval e se tornou católico.
“Fiquei perfeitamente convencido de que a Igreja Católica, Apostólica, Romana é a única verdadeira. Aprendi as verdades da Igreja Católica nas criptas das velhas igrejas e catedrais européias.

Procurei verdades na moderna igreja da Inglaterra (protestante anglicana) e vim a descobrir que ela, desde que se separou do centro da unidade católica, tinha pouca verdade e nenhuma vida. Dessa maneira, e sem que tivesse conhecido um só sacerdote, ajudado apenas pela graça e misericórdia de Deus, resolvi entrar na sua Igreja”.
Pugin exerceu um apostolado especial: ele reanimou a alma inglesa, ressequida pelo protestantismo. Para isso ele criou obras em estilo gótico medieval renovado. Hoje elas atraem e empolgam milhões de turistas. Por exemplo, o Parlamento de Londres e a celebérrima torre do Big-Ben.

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Hierarquia de trabalhos e sacralidade
na catedral de BURGOS


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Na catedral de Burgos se percebe bem o valor conjunto de três trabalhos humanos:

‒ o trabalho manual de quem esculpiu isso,

‒ o trabalho artístico de quem desenhou,

‒ o trabalho diretivo de quem resolveu fazer a catedral, encomendou os desenhos.

Qual dos três trabalhos é o mais nobre?

A catedral foi construída pelo rei de Castela São Fernando III. Quer dizer, foi um grande Santo exercendo sua capacidade ordenativa.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

A SAINTE CHAPELLE: Elevação e intimidade

Cripta da Sainte-Chapelle
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Há muitos anos, quando visitei a Sainte Chapelle (Capela Santa) pela primeira vez, pensei que esta parte baixa fosse a capela principal.

Julguei-a tão bonita que, ao vê-la, soltei uma exclamação; a qual, em mim, tem muito significado, porque não sou muito exclamativo.

Fiquei encantado!