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terça-feira, 23 de abril de 2019

Se a catedral de Notre Dame falasse, o quê diria?


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Como seria a catedral de Notre Dame se ela pudesse ter sentimentos e falar?

Ela sem dúvida não seria do tipo de pessoa que ri a toda hora.

Mas seria do tipo de homem que tem dentro da alma, uma forma de grandeza e de bem-estar que pode coexistir com os maiores tormentos e as maiores angústias.

É um estado de elevação, de sublimidade, de afabilidade, de benignidade. Com esse estado ele se sente capaz de todas as grandezas; desde as maiores até as menores.

Contra o mal, o feio e o ruim ele se sente capaz de todas as intransigências; das maiores às mais miúdas.

Mas, também, de todas as paciências, bondades, flexibilidades, adaptabilidades ao que não é mal.

Porque, ao mal, ele resiste sempre, luta sempre, não dá nem tréguas nem quartel.

Mas é capaz de todas as formas de afabilidade, de transigência, de bondade muda, para aquele que não é mau.

Por detrás desse estado de espírito encontra-se a verdadeira alegria. Que não é a vontade de rir, mas é sentir-se em harmonia com Deus Nosso Senhor.

terça-feira, 16 de abril de 2019

O rosto de Jesus Cristo impresso em Notre Dame

A Paixão de Cristo e a Paixão da Igreja em nossos dias
A Paixão de Cristo e a Paixão da Igreja em nossos dias
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






“Eu não posso me esquecer que uma das viagens que eu fiz a Paris, eu cheguei à noitinha. Jantei, e fui imediatamente ver a Catedral de Notre-Dame.

Era uma noite de verão, não extraordinariamente bonita, comum.

A Catedral estava iluminada, e o automóvel em que eu vinha passava da rive gauche para a ilha, e eu via a Catedral assim de lado, e numa focalização completamente fortuita.

Ela me pareceu desde logo, naquele ângulo tomado assim, se acaso existisse ‒ em algum sentido existe ‒ eu diria que é tomado ao acaso, eu olhei e achei tão belo que eu fiquei com vontade de dizer ao automóvel:

terça-feira, 9 de abril de 2019

Do alto da catedral: o sorriso e a benção de Nossa Senhora para a Cristandade medieval


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Em Notre Dame é muito agradável, ao menos para os meus olhos, o contraste entre a altura da Catedral e a largura.

Ela é esguia, muito mais alta do que larga. De maneira que tendo uma boa largura — não pode de nenhum modo ser chamada de um edifício frágil — ela é graciosa, leve, mas tem um quê de fortaleza que é absolutamente incontestável.

Ela nos fala da plenitude do espírito da Idade Média.

Espírito hierático, sacral, hierárquico, ordenado, todo voltado para o que há de mais alto, em que a maior seriedade se combina bem com a graça mais leve e com a delicadeza mais extrema.

Os mais belos aspectos da alma católica aparecem a todo propósito em todos os ângulos da Catedral.

Essa é a Catedral de Notre Dame.

É ou não é verdade que se tem a impressão que cenas desenroladas nessa Catedral ainda estão vivas?