Outras formas de visualizar o blog:

quarta-feira, 19 de julho de 2017

MILÃO: catedral no cerne da Igreja universal

Fachada
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A catedral de Milão é uma tal obra de arte e tem uma tal importância na História da Igreja Universal que tudo o que toca nela afeta a Igreja Universal.

É uma catedral de uma cidade cuja importância envolve o bem geral da Igreja.

Mas ela não apareceu do nada. Ela de alguma maneira já nasceu nas almas dos primeiros cristãos.

Com efeito, desde o momento da descida do Espírito Santo em Pentecostes até o ponto mais alto da Idade Média, a grande linha geral da Igreja foi de um crescimento contínuo.

Embora houvesse fases de crise, de decadência, essas foram episódicas e sem reflexo na linha geral da História da Igreja.

Os declínios foram seguidos por progressos em que a Igreja cresceu muito em formosura.

Assim, o anseio que palpitava nas almas dos católicos das catacumbas acabou se explicitando enormemente na Idade Média.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

A catedral e a luz imaterial do sacrifício litúrgico perfeito

Missa numa capela lateral de uma catedral
Missa numa capela lateral de uma catedral
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





O conhecimento geral da liturgia facilita a tarefa do artista, que se verga quase por instinto às suas exigências.

Assim, nos nossos dias o altar está a maior parte das vezes mais elevado, para permitir aos fiéis seguir com a vista as cerimônias.

Outrora, era sobretudo através do canto e das orações vocais que os fiéis a elas se associavam, donde o extremo cuidado com a acústica: alternância das arcadas, ordenação das abóbadas, etc.

Sobretudo há o problema da luz. Certas épocas preferiram igrejas sombrias, pois considerava-se que a obscuridade favorece o recolhimento.

Mas na Idade Média se amava a luz, e a grande preocupação foi ter santuários cada vez mais claros.

Pode-se dizer que todas as descobertas da técnica arquitetônica tenderam a possibilitar mais espaços livres na construção, para que as imensas vidraças pudessem deixar passar cada vez mais sol e iluminar sempre melhor o esplendor do ofício religioso.

Em Beauvais, por exemplo, a parede serve apenas para enquadrar as partes de vitral, e o faz com uma ligeireza assustadora, excessiva mesmo, já que o edifício nunca pôde ser continuado para além do transepto.

No entanto, mais ainda do que a beleza, a solidez é que era visada. Nada se compreendeu de uma catedral gótica antes de se saber que o volume de pedra enterrado no solo, para o trabalho das fundações, ultrapassa o da pedra erguida para o céu.

Sob essa aparente fragilidade, sustentando as gráceis colunetas e as flechas rendilhadas, esconde-se uma poderosa armação de pedra, obra paciente e robusta.