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quarta-feira, 15 de março de 2017

Nossa Senhora de BRUGES: síntese feliz do talento flamengo e da piedade espanhola


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs





Num primeiro momento a igreja de Nossa Senhora ‒ Notre Dame em francês e Onze-Lieve-Vrouwekerk em flamengo ‒ de Bruges é confundida com a catedral da cidade.

A razão é ser ela a maior igreja católica da cidade.

Destaca-se por uma torre medieval de 122 metros de altura que é a mais alta de Bruges.

É, aliás, a segunda maior torre feita de tijolos na Europa.

Os visitantes ficam atraídos por seu caráter e pelas destacadas obras de arte que possui.



Ela foi construída entre os séculos XIII e XV.

Muitas obras de arte foram acrescentadas nos séculos posteriores, como uma Madonna de Michelangelo e uma famosa Crucifixão pintada por Anthony van Dyck.

Ali estão também os riquíssimos túmulos de Maria de Borgonha e de seu pai Carlos o Calvo.

A duquesa Maria reinou sobre os Países Baixos, que então incluíam a Bélgica e a Holanda, no fim do século XV.

Os artísticos sarcófagos feitos de mármore preto e cobertos de ricos trabalhos em bronze são um exemplo do gótico tardio.

Na igreja aspira-se uma mistura singular, típica do ambiente flamengo católico.

Por um lado, a igreja de Nossa Senhora carece do luminoso e do colorido típico de gótico francês, substituído por uma certa tristeza da qual não está ausente a influência cultural que preparou a hirteza protestante.

Porém, por outro lado, encontra-se o resplendor, a variedade de cores da arte flamenca nos tempos da glória da alta cultura desenvolvida em Flandres.

Soma-se a isso a patente influência do catolicismo espanhol que afastou da Bélgica dos erros calvinistas e do peso hirto e escuro da arte ‒ ou anti-arte ‒ protestante, escura, melancólica e fatalista.



Vídeo embaixo: Igreja de Nossa Senhora, Bruges, Bélgica






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3 comentários:

  1. Parabéns ao autor da página, dessa vêz voçê se superou, tudo está simplesmente maravilhoso, realmente um belíssimo trabalho.
    A voçê o meu respeito e gratidão, tenho extrema paixão e orgulho de ser CATÓLICA, com certeza JESUS estava muito inspirado quando disse: "Tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha igreja." Um abraço fraterno.

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  2. Prezado Luís, Salve Maria!
    O senhor falou, pelo que eu entendi, das igrejas protestantes medievais europeias (do seu estilo arquitetônico) como "protestante, escura, melancólica e fatalista."

    Alguns anos atrás eu fiz uma visita vocacional ao Mosteiro de São Bento de São Paulo e achei o estilo do referido mosteiro muito escuro, excessivamente escuro e melancólico. A que motivo o senhor acha que se deve essa característica desse mosteiro. O monge me estava me acompanhando na visita me disse que o estilo do mosteiro era alemão, por isso tão escuro. Será que o estilo arquitetônico desse mosteiro recebeu influências protestantes. Mas, não quero, obviamente, dizer com isso que o mosteiro seja protestante.
    Depois, em uma outra ocasião, num conversa sobre esse mosteiro, uma moça me perguntou sobre o que eu achei do estilo do mosteiro. Eu respondi que achei muito escuro e melancólico. Mas ela achou a minha resposta ofensiva, pois reagiu com uma certa hostilidade à minha opinião. Não terá faltado bom senso, conhecimento de artes, ou mesmo, algum espírito de catolicismo a essa moça?

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