Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Num primeiro momento a igreja de Nossa Senhora ‒ Notre Dame em francês e Onze-Lieve-Vrouwekerk em flamengo ‒ de Bruges é confundida com a catedral da cidade.
A razão é ser ela a maior igreja católica da cidade.
Destaca-se por uma torre medieval de 122 metros de altura que é a mais alta de Bruges.
É, aliás, a segunda maior torre feita de tijolos na Europa.
Os visitantes ficam atraídos por seu caráter e pelas destacadas obras de arte que possui.
Ela foi construída entre os séculos XIII e XV.
Muitas obras de arte foram acrescentadas nos séculos posteriores, como uma Madonna de Michelangelo e uma famosa Crucifixão pintada por Anthony van Dyck.
Ali estão também os riquíssimos túmulos de Maria de Borgonha e de seu pai Carlos o Calvo.
A duquesa Maria reinou sobre os Países Baixos, que então incluíam a Bélgica e a Holanda, no fim do século XV.
Os artísticos sarcófagos feitos de mármore preto e cobertos de ricos trabalhos em bronze são um exemplo do gótico tardio.
Na igreja aspira-se uma mistura singular, típica do ambiente flamengo católico.
Por um lado, a igreja de Nossa Senhora carece do luminoso e do colorido típico de gótico francês, substituído por uma certa tristeza da qual não está ausente a influência cultural que preparou a hirteza protestante.
Porém, por outro lado, encontra-se o resplendor, a variedade de cores da arte flamenca nos tempos da glória da alta cultura desenvolvida em Flandres.
Soma-se a isso a patente influência do catolicismo espanhol que afastou da Bélgica dos erros calvinistas e do peso hirto e escuro da arte ‒ ou anti-arte ‒ protestante, escura, melancólica e fatalista.
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Parabéns ao autor da página, dessa vêz voçê se superou, tudo está simplesmente maravilhoso, realmente um belíssimo trabalho.
ResponderExcluirA voçê o meu respeito e gratidão, tenho extrema paixão e orgulho de ser CATÓLICA, com certeza JESUS estava muito inspirado quando disse: "Tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha igreja." Um abraço fraterno.
São lindo
ExcluirPrezado Luís, Salve Maria!
ResponderExcluirO senhor falou, pelo que eu entendi, das igrejas protestantes medievais europeias (do seu estilo arquitetônico) como "protestante, escura, melancólica e fatalista."
Alguns anos atrás eu fiz uma visita vocacional ao Mosteiro de São Bento de São Paulo e achei o estilo do referido mosteiro muito escuro, excessivamente escuro e melancólico. A que motivo o senhor acha que se deve essa característica desse mosteiro. O monge me estava me acompanhando na visita me disse que o estilo do mosteiro era alemão, por isso tão escuro. Será que o estilo arquitetônico desse mosteiro recebeu influências protestantes. Mas, não quero, obviamente, dizer com isso que o mosteiro seja protestante.
Depois, em uma outra ocasião, num conversa sobre esse mosteiro, uma moça me perguntou sobre o que eu achei do estilo do mosteiro. Eu respondi que achei muito escuro e melancólico. Mas ela achou a minha resposta ofensiva, pois reagiu com uma certa hostilidade à minha opinião. Não terá faltado bom senso, conhecimento de artes, ou mesmo, algum espírito de catolicismo a essa moça?