Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
A abadia de Beauport está situada em Kérity, Paimpol, na antiga Bretanha, França.
Ela foi fundada em 1202 pelo conde de Penthièvre e de Goëlo, Alain I d’Avaugour.
O conde chamou aos cônegos regulares premonstratenses da abadia da Santíssima Trindade da Lucerna, na vizinha Normandia.
Os premonstratenses foram fundados por volta de 1120 pelo arcebispo de Magdeburgo, São Norberto de Xanten.
Um século depois a ordem contava mais de 600 casas instaladas desde a Irlanda até Chipre e desde a Suécia até Itália.
Para erigir uma abadia era preciso dinheiro e terreno.
O conde de Penthièvre doou aos Premonstratenses um terreno sobre uma pedra junto ao córrego Correc e uma zona de pântano conhecida como “pradaria dos marrecos”.
Mas os monges logo perceberam que o local se prestava para um “belo porto” (o “beau port” que originou seu nome).
Em 1203, o Papa concedeu-lhes numerosos privilégios e os religiosos iniciaram a construção do mosteiro. Eles garantiam o atendimento das paróquias vizinhas.
Os Papas acompanhavam zelosamente o trabalho dos monges.
Prova disso é que em 1207, o Santo Padre escreveu ao abade de Beauport exortando-o a preservar a língua local, o bretão e só nomear para as paróquias padres que falassem essa língua.
A abadia foi muito próspera nos séculos XIII e XIV, e ainda no XVII e no XVIII.
A crise desencadeada pelo libertinismo laicista que deu na Revolução Francesa foi esvaziando-a de vocações.
Por fim, o laicismo tirou sua máscara liberal e voltou-se furiosamente contra a Igreja Católica e suas maiores manifestações, muitas e muitas vezes geradas na Idade Média.
Assim, a revolução de 1789 fechou a abadia em 1790. Desde então, o prestigioso prédio foi sendo depredado para tirar material de construção.
As ruínas falam da grandeza passada.
Sobre elas pode bem se rezar a Oração e as Lamentações que o profeta Jeremias fez a propósito das ruínas de Jerusalém (trilha sonora do vídeo embaixo).
Nesta perspectiva, a destruição não consegue apagar a esperança inabalável que um dia essas ruínas reviverão como Jerusalém após o longo cativeiro de Babilônia.
Porque a alma delas é imortal: é a própria Santa Igreja Católica Apostólica e Romana.
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é pena estar em ruinas... porque não o restauram... teriam mais visitar...
ResponderExcluirta fixe o video
Por que a alma dele imortal
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ExcluirComo é cheia de beleza e grandeza a história das Abadias europeias!
ResponderExcluirQue pena que essa Abadia acabou em ruínas. Mas, como o senhor disse, que um dia ela possa ressuscitar.
E que o Brasil também possa ter mosteiro e Abadias que sejam focos difusores de santidade!
Este comentário foi removido pelo autor.
ExcluirE que o brasil também possa ter mosteiros é abadias que sejam focos difusores de sentido
ExcluirOs comentários sempre é bom
ResponderExcluirE sempre é bom para nós lê
ExcluirDe nada os comentários sempre é bom
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