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terça-feira, 21 de maio de 2013

Nomes, símbolos, carrilhões e significado dos novos sinos de Notre Dame

Bourdon Maria é o maior do novo conjunto
continuação do post anterior

Símbolos gravados em cada sino

Os novos sinos são:

O bourdon “Marie” (6.023 kg; 206,5 cm de diâmetro), consagrado a Nossa Senhora, a quem está dedicada a catedral. Ele é reprodução de idêntico bourdon que tocou de 1378 a 1792, ano do infame saque republicano. Nele estão gravados a “Ave Maria” e um medalhão de Nossa Senhora com o Menino Jesus rodeado de estrelas; tem friso representando a Adoração dos Reis Magos e as bodas de Caná, e por fim uma Cruz de Glória com a inscrição “Via viatores quaerit” (“Eu sou a Via em busca de viajantes”, referência a Jesus Cristo que é a Via, e que procura as almas que viajam por esta vida rumo ao destino eterno).

O sino “Gabriel” (4.162 kg e 182,8 cm de diâmetro) é dedicado ao arcanjo São Gabriel que anunciou a Nossa Senhora a encarnação do Verbo.

Neste sino está inscrita a primeira frase do Angelus “O anjo do Senhor anunciou a Maria” —, além de 40 faixas que simbolizam os 40 dias que Jesus passou no deserto e os 40 anos de travessia dos judeus pelo deserto do Sinai; na coroa do sino há flores de lis e, rodeados de estrelas, Nossa Senhora e o Menino Jesus. No corpo do sino há também uma Cruz de Glória com a inscrição “Via viatores quaerit” e um perfil da catedral no coração de Paris.

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Notre Dame restaura sinos destruídos pela Revolução Francesa – 1

No dia da bênção dos novos sinos
No dia da bênção dos novos sinos

Uma multidão estimada em 30 mil pessoas pela polícia (que habitualmente minimaliza as manifestações católicas) lotou no Domingo de Páscoa a praça da catedral de Notre Dame e as ruas vizinhas, para ouvir a primeira reboada oficial dos novos sinos.

Nessa mesma data, 850 anos atrás, na presença do Papa Alexandre III, o bispo D. Maurício de Sully colocava a primeira pedra para a construção daquela grandiosa catedral dedicada a Nossa Senhora.

Os sinos originais foram destruídos barbaramente pela Revolução Francesa em 1792, com exceção de um, batizado com o nome “Emanuel”.

Por ocasião de sua bênção ritual os sinos recebem nomes que são gravados no seu bronze. O “Emanuel” foi doado há mais de 300 anos pelo rei Luis XIV e pesa 13 toneladas.

No século XIX, Napoleão III mandou preencher o vazio com sinos de menor qualidade e carentes de afinação. Os especialistas, sempre muito exigentes, diziam que se tratava do pior conjunto de sinos da Europa.