Amalfi, Itália. Catedral Santo André |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Na Idade Média, construía-se a casa de Deus como imagem da Jerusalém Celeste.
Quer dizer a cidade ideal do Céu empíreo onde moramm as almas que se salvam.
É a admirável casa de Deus, o lugar do culto e a casa materna do povo.
A legislação eclesiástica fazia diferença entre o santuário — onde o povo não entrava — e o resto da superfície da catedral. Essa distinção era necessária.
O santuário era o local reservado para o culto, a missa, os ofícios, etc. Ocupava em geral a parte posterior a onde hoje está o altar mor, separado por véus.
Na nave central e nas laterais se faziam muitas coisas que as pessoas queriam que ficassem como embebidas de espírito religioso, sem serem atos religiosos.
Catedral de Canterbury, Inglaterra |
Ali se dormia, se comia, se podia falar sem necessidade de cochichos.
Ali se circulava muito mais livremente do que hoje, porque não havia bancos.
Ali as pessoas se encontravam, para discutir coisas que muitas vezes não eram diretamente religiosas.
Era lá também que os representantes da comuna reuniam-se para falar dos negócios da cidade.
Basílica de Nossa Senhora, Cracóvia, Polônia, dita Mariacka |
Conhece-se um texto eclesiástico interditando uma certa comuna de se servir da catedral como sala de reuniões.
Tal interdição prova que isso era fato corrente. Não era, evidentemente, um direito, mas uma tolerância da Igreja.
Em Marselha, as reuniões dos conselheiros, cônsules e dirigentes de negócios tinham lugar regularmente na Igreja de "Major".
Para se entender isso tudo, é necessário compreender que os homens viviam em contato diário com o divino.
Era-se muito mais íntimo com Nosso Senhor do que os fiéis de hoje, que, o mais das vezes, só estão com Deus Domingo de manhã, em sua igreja paroquial.
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Boa tarde!
ResponderExcluirEu adoro receber seus e-mails acho lindo a história a cultura , gostaria de uma ajuda uma vez minha professora de francês me contou uma história sobre um artista que fez um vitral em uma igreja creio que seja na frança, ele fez a mistura de cores que seria um azul único gostaria tanto de um dia, que vcs me enviasse alguma coisa sobre isso.
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ExcluirIHS
Boa tarde!
Não saberia dizer o nome do artista, creio até que geralmente, se houve um, ficou ignoto. Foi toda uma escola que produziu cores que depois nunca ninguém conseguiu reproduzir.
Salvo engano meu, sua professora se refere ao "azul de Chartres", aliás famosíssimo.
No nosso blog há algumas imagens desses vitrais onde o azul aparece. Clicando em http://catedraismedievais.blogspot.com.br/search/label/Chartres, aparecem alguns posts com fotos deles. Tal vez o mais ilustrado é este: http://catedraismedievais.blogspot.com.br/2008/04/vitrais-da-catedral-de-chartres.html.
Na coluna da direita está Nossa Senhora do belo vitral que é uma imagem muito venerada em Chartres e na realidade é algo imenso de grande.
E muito curioso esse contato do povo com as igrejas
ExcluirE muito corioso esse povo dá igreja
ExcluirMuito curioso esse contato do povo com as igrejas na Idade Média.Dá até para entender porque alguns historiadores modernos criticam tanto a Idade Média como sendo um período de trevas.Na verdade,a luz da Religião era e é ainda tão intensa que acaba ofuscando os olhares puramente mundanos.O que está aí posto sobre as catedrais, desfaz o equívoco de uma religiosidade artificial e mecânica pintada por alguns críticos da Igreja,mostrando justamente que não havia ruptura entre a vida e a prática religiosa,como pode ser percebido muito claramente nos dias de hoje.
ResponderExcluirPercebido muito clareamento
ExcluirPercebido muito claramente nós dias de hoje
ExcluirMuitos bom os comentários
ResponderExcluirSim
ExcluirOs comentários é muito bom
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