Catedral de Reims, França |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Se houvesse uma qualificação para se dar ao estudo que daremos prosseguimento, poderíamos dizer que ela se relaciona à filosofia da arquitetura.
Daniel Ramée, Viollet-Leduc e alguns outros autores especialistas mostraram como se desanuvia o fim moral e o alcance intelectual dos procedimentos técnicos, que são os meios materiais mais importantes e úteis das artes.
Contudo, ao estudarmos as condições que constituem os méritos do estilo gótico, precisamos ir além da beleza estética.
As descrições entusiásticas de nossos antigos monumentos, das visões engenhosas ou poéticas, a justa admiração das obras-primas do espírito humano são de fundo comum, estão abertas a todos aqueles que pensam, e, mesmo àqueles que se contentam em sentir vagamente tais obras; esta distinção essencial é perfeitamente enunciada na obra de Eugène Loudun:
“Há duas admirações: aquela do grande público, e aquela do homem instruído. O homem instruído vê as qualidades de uma obra-prima e as explica.
Catedral de Aachen, Alemanha
“O grande público, o vulgar, também admira ... ele não saberia dizer por que ele admira, mas ele sente que o que ele tem diante dos olhos é admirável. Um camponês não exclamará: é belo!
“Mas ele levará consigo uma imagem do que viu, e, em algum momento, lhe virá uma lembrança que lhe fará levantar a cabeça, como que para vê-la novamente [Eugène Loudun, L'Italie moderne, p.27 - Paris, Rétaux-Bray, 1886, in Revue du monde catholique, 1e novembre 1886].”
Capela de Assis, Itália |
Contudo, é preciso dizer que, entre a maior parte dos escritores, os motivos da admiração de tal estilo estão sempre do lado das causas reais: a ornamentação, os pequenos detalhes sobre os quais se insiste são, sobretudo, somente acessórios, cuja supressão não mudaria nada e nem destruiria o mérito essencial da obra.
Esse mérito, que trataremos em expor: é a fonte do sentimento religioso por trás de tal sistema, de onde, por seu alcance real, constataremos sua superioridade intelectual e moral, e, pelos quais, tal sistema é capaz de nos impressionar de uma forma tão intima, profunda e durável.
Catedral de Laon, França |
É preciso demonstrar que o estilo gótico é independente de todas essas minúcias, e que ele encerra em si mesmo os princípios que lhe são próprios, a mais alta expressão da arte jamais atingida.
GLÓRIA CRUZADAS CASTELOS ORAÇÕES HEROIS CONTOS CIDADE SIMBOLOS
Quando se entra numa catedral em estilo gótico sentimos na alma ,imediatamente, como um impulso para ajoelharmos e rezarmos , é como um convite para reconhecermos a grandeza infinita de Deus.Parabéns e obrigado ao responsáveis pelo blog, por lembrar estes tesouros .Fernando Antonio Sabino Cordeiro
ResponderExcluirJá mais alta expressão dá arte
Excluirnao existe nada tao imponente igual ao estilo gotico! Tudo no gotico, simplesmente unico! Foi com a mao de Deus que surgiu algo tao surpreendente que e o gotico!
ResponderExcluirRuioidoso o estilo gótico
ExcluirEm alguns pontos as suas considerações são válidas, mas, vamos a algumas outras considerações hipotéticas:
ResponderExcluirVocê enumerou ao final que os alguns detalhes técnicos, se suprimidos, não iria retirar o grande mérito da estilo gótico, tendo em vista que o maior mérito, menciona você, é o sentimento religioso por de trás de tal sistema.
Mas com tal afirmação você não está, em verdade, fazendo com que haja uma indissolúvel relação entre as características técnicas e o sentimento religioso?
E em última instância, por exemplo, se um Protestante da mais alta avareza intelectual chegasse e emitisse uma opinião favorável ao seu "templo", a dizer, um cômodo de esquina onde poderia ser promovido qualquer coisa, desde uma igreja a um bar, uma loja de roupas etc, essa opinião emitida por parte dele seria válida, com base em suas afirmações?
As ornamentações difíceis e impossíveis de serem reproduzidas seriam desta maneira um mero acessório?
Estaríamos aqui diante da velha dicotomia, a opinião objetiva versus a subjetiva?
E a pretensa filosofia da arquitetura mencionada nos primeiros parágrafos fica aonde?
Os parágrafos fica no texto
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ExcluirSim foi
ExcluirDe nada os comentários sempre é bom
ResponderExcluirE muito bom
ExcluirÉ sempre é bom
ExcluirOs comentários é muito bom
ResponderExcluirE sim
ExcluirÉ sim é muito
ExcluirOs sempre é bom os comentários
Excluir