Outras formas de visualizar o blog:

terça-feira, 24 de março de 2020

As torres inconclusas de Notre Dame


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Por mais que se tente completar as torres de Notre-Dame — talvez um grande arquiteto consiga — não se chega a nenhuma solução satisfatória.

Isso quer dizer que, à maneira de negação, tem-se uma certa noção da torre que se poria lá.

Mas não é nenhuma das que cogitamos.

O que tem a catedral de Notre-Dame que a mim me delicia, me subjuga e me assume, é que aquilo, como está, é tão bonito, que se diria que não se pode pôr nada mais além daquilo.

Ora, era para pôr! Logo, o acréscimo tem que ser um bonito na linha gótica.



Tem que ser a culminância perfeita que daria toda a beleza da catedral.

Quem o fizer merece um prêmio.

Olhando para as torres inconclusas percebe-se que seria possível haver uma culminância suprema.

Mas que não é como nenhuma das torres que habitualmente se poriam.

Olhando para as torres nós podemos apanhar apenas uma insinuação de como elas deveriam ser, se bem feitas.

Agindo assim, nós temos algo à maneira de um conhecimento metafísico.

E nós conhecemos essas torres ideais que não foram feitas mais à maneira de negação, dizendo:

“Não, não seria esta; não seria aquela, não seria aquela outra”.

E assim nós nos formamos uma ideia de como elas seriam.

E isso nos entusiasma.

Esse entusiasmo pelo que conhecemos apenas negativamente nos dá algo da centelha do absoluto refletindo nas torres inacabadas da catedral de Paris.

O arquiteto Viollet-le-Duc em ponto pequeno, percebeu algo desse absoluto na hora de restaurar a agulha da catedral e cuja altura aumentou.

Não se atreveu, porém a completar as torres da fachada.

Nota: Eugène Viollet-le-Duc (18141879), arquiteto francês, restaurou um grande número de monumentos da Idade Média.



Fonte: “A inocência primeva e a contemplação sacral do universo no pensamento de Plinio Corrêa de Oliveira”, Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, São Paulo, 2008.






GLÓRIA CRUZADAS CASTELOS ORAÇÕES HEROIS CONTOS CIDADE SIMBOLOS
Voltar a 'Glória da Idade MédiaAS CRUZADASCASTELOS MEDIEVAISORAÇÕES E MILAGRES MEDIEVAISHERÓIS MEDIEVAISCONTOS E LENDAS DA ERA MEDIEVALA CIDADE MEDIEVALJOIAS E SIMBOLOS MEDIEVAIS

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Obrigado pelo comentário! Escreva sempre. Este blog se reserva o direito de moderação dos comentários de acordo com sua idoneidade e teor. Este blog não faz seus necessariamente os comentários e opiniões dos comentaristas. Não serão publicados comentários que contenham linguagem vulgar ou desrespeitosa.