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quarta-feira, 19 de julho de 2017

MILÃO: catedral no cerne da Igreja universal

Fachada
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A catedral de Milão é uma tal obra de arte e tem uma tal importância na História da Igreja Universal que tudo o que toca nela afeta a Igreja Universal.

É uma catedral de uma cidade cuja importância envolve o bem geral da Igreja.

Mas ela não apareceu do nada. Ela de alguma maneira já nasceu nas almas dos primeiros cristãos.

Com efeito, desde o momento da descida do Espírito Santo em Pentecostes até o ponto mais alto da Idade Média, a grande linha geral da Igreja foi de um crescimento contínuo.

Embora houvesse fases de crise, de decadência, essas foram episódicas e sem reflexo na linha geral da História da Igreja.

Os declínios foram seguidos por progressos em que a Igreja cresceu muito em formosura.

Assim, o anseio que palpitava nas almas dos católicos das catacumbas acabou se explicitando enormemente na Idade Média.



Altar-mor
Por exemplo, uma catedral jazia na alma de um mártir das catacumbas como uma semente jaz na terra. Podemos imaginar a catedral de Milão já contida nas almas dos mártires milaneses dos primeiros séculos.

Mas foi necessária uma maturação de muitos séculos para que aquilo que estava no fundo da alma dos primeiros católicos se expandisse e desabrochasse de maneira a dar em maravilhas como a catedral de Milão. Ou do próprio castelo Sforzesco, que se encontra não longe da mesma catedral.

Nessa fase de maturação, a santidade da Igreja foi se manifestando cada vez mais aos olhos do número geral dos fiéis e também aos olhos dos infiéis nesse tempo.

Como resultado, a catedral foi tomando corpo na alma dos católicos, dos artistas, dos engenheiros que fizeram essa maravilha de arquitetura religiosa em Milão.

Em determinado momento a manifestação da Igreja gerou a Civilização Cristã.

Na Idade Média, a Cristandade tornou-se o dom comum de todos os fiéis. E se incorporou, pelo ensino da religião e pela fé, não só às convicções, mas ao subconsciente e às tradições de incontáveis católicos.


Vídeo: Milão, a catedral das 10.000 agulhas







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9 comentários:

  1. Nylton Gomes Batista25 de agosto de 2011 às 10:14

    Bom dia!
    Satisfeito por receber, regularmente, as páginas do "Catedrais Medievais", decidi levar esse conhecimento a mais pessoas, introduzindo link em meu "site" OURO PRETO WORLD - http://www.ouropreto-ourtoworld.jor.br/ Na coluna à esquerda da "home page" marquei o link com foto de catedral. Espero não ter contrariado qualquer norma estabelecida pelo autor de "Catedrais Medievais" . O autor está de parabéns pelo trabalho oferecido!
    Seja feliz!
    --
    Nylton Gomes Batista
    nbatista@uai.com.br - Skype: notlyn - Twitter: tongotames
    conheça a Ouro Preto que não aparece na História e nem a propaganda oficial revela
    viiste: www.ouropreto-ourtoworld.jor.br

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  2. Prezados Srs.
    Adoro seu blog. Gostaria de perguntar onde posso encontrar o nome e a foto de um Santo que eu vi na Catedral de Milão e que está com a sua própria pele na mão.
    Se os Srs. não prestam este tipo de auxílio, por favor desconsiderem esta mensagem.
    Obrigada, Elizabeth
    bethlaybauer@terra.com.br

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  3. Prezada Sra. Elizabeth,
    nosso blog é muito caseiro, então faz um pouco de tudo.
    Não sei exatamente quem possa ser, porém o santo que acostuma ser apresentado com a própria pele na mão é o Apóstolo São Bartolomeu. Segundo a tradição ele padeceu o martírio por esfolamento em Albanópolis, atual Derbent, na Rússia. Assim está representado na Capela Sistina, no Vaticano.
    Nestee endereço há uma foto de uma estátua do mártir na Catedral de Milão, mas não é um quadro: http://it.wikipedia.org/wiki/File:San_Bartolomeo_Flayed,_Duomo,_Milano_%281562%29.jpg
    Atenciosamente

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  4. Caro Luis DAfur, acompanho com muita alegria as postagens do Blog Catedrais Medievais, e sempre com uma ponta de ciúmes da Europa de poder contar com obras como essas, especialmente, quando nos é relegado ter de conviver e engolir o lixo comunista de Niemeyer e sua trupe de imitadores.

    E uma questão (mundana, é verdade) sempre vem a minha mente. É possível precisar mais ou menos quanto, em valores atuais, uma Catedral como a de Milão custaria para ser construída? Creio que na faixa de bilhões de dólares, mas deixando de lado que seu valor é inestimável devido a seu valor histórico, religioso e artístico, um valor real teve de ser pago aos pedreiros, arquitetos, escultores, fornecedores de peças de rocha, pintores, artesões em vidro etc. Há algum estudo ou estimativa, se não para essa catedral, para alguma outra dessa magnitude, em questão de valores atualizados?

    Abraço e parabéns pelos textos e informações inspiradoras!

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    Respostas
    1. Prezado Dalton,
      Nunca vi alguém que tenha ousado fazer esse cálculo. Sem dúvida, como o Sr. diz, custaria bilhões se usados os mesmos materiais de alta qualidade (mármores no exemplo de Milão).
      Nosso post "O entusiasmo religioso na construção da catedral de Chartres", reproduz texto do historiador da arte Émile Mâle descrevendo como foi a construção da catedral de Chartres. A descrição ajuda a entender como foram obviadas as despesas com a mão de obra: com o entusiasmo da fé!
      O link é http://catedraismedievais.blogspot.com.br/2014/09/o-entusiasmo-religioso-na-construcao-da.html
      Atenciosamente,

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    2. Belo texto! Muito obrigado pela referência e a resposta!

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