Catedral de Veneza |
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de política internacional, sócio do IPCO, webmaster de diversos blogs |
Deus encravou a Sede de São Pedro na Itália com tudo o que isso significa de supremo dentro da Igreja Católica.
E fez da Itália a nação eclesiástica por excelência. Nela reside como num berço glorioso o governo das almas no mundo.
Do verdadeiramente máximo governo: aquele que conduz as almas ao Céu.
E, num sentido minor, ali está a pedra de escândalo que afasta do Céu as almas dos precitos revoltados, heréticos ou revolucionários que não querem saber do esplendor da verdade, do bem e da beleza suprema.
O conúbio com a Igreja é tal, que foi comuníssimo na história que o Cardeal fosse italiano ou o próprio Papa ser habitualmente italiano.
E isso muito harmonicamente, foi visto como uma coisa conatural à Igreja.
Cripta da catedral de Milão |
E Deus também deu à Itália dons artísticos que estão na proporção dessa alta missão divina.
Foi bem pensado da parte da Providência
Se a Itália fosse uma nação de conquistadores teria enchido o mundo de ressentimentos.
Como seria difícil um Papa francês se impor ao mundo castelhano!
Como seria difícil um Papa alemão se impor ao mundo latino!
Como seria inconcebível um Papa sueco, norueguês ou dinamarquês!
Como seria estranho um Papa russo!
Como é natural um Papa italiano!
Não é que todos devem ser italianos, mas como é natural que muitos sejam!
Catedral de Canterbury, Inglaterra |
Deus lhes deu o cetro das almas e do sacerdócio.
E isso se reflete na arte de suas igrejas e catedrais.
Um país diverso é a Inglaterra.
Ele infelizmente foi muito desfigurado pelo protestantismo e se tornou frio e frustrado.
Mas conserve resquícios de beleza que indicam o chamado de Deus. De Deus que continua batendo em sua porta malgrado a apostasia oficial.
Na sua grandeza e beleza essas catedrais testemunham a glória de seu passado católico. Mas por dentro se sente uma ausência, como de uma casa em que o dono não mora mais.
De dentro das catedrais da Inglaterra foi arrancado o Santíssimo Sacramento.
Se a gente olha de fora a menor igrejinha católica, a gente sente mais vida nela do que na abadia-catedral de Westminster, esplendorosa na forma, oca no conteúdo.
Pelas exterioridades pode-se imaginar qual foi o recheio. É mais ou menos como tomar uma empada vazia e cheirar para saber o que é o que houve dentro, se foi camarão ou galinha.
E isso nos leva a ver bem a Inglaterra, a colocá-la verdadeiramente na linha.
Catedral de Ely, Inglaterra |
Nas suas catedrais há uma retidão, uma serenidade, uma honestidade, uma dignidade tão grande que obrigou o protestantismo a usar uma roupagem católica. Do contrário o o povo não engoliria.
A heresia anglicana é a única do mundo que conserva do lado de fora um aspecto católico: é a heresia da Inglaterra.
Nós nos voltando para as catedrais góticas inglesas suspiramos, como fizeram tantos santos, pela conversão desse povo, aliás prometida em revelações sobrenaturais reconhecidas pela Igreja.
E, nos voltando para as catedrais góticas italianas exclamamos: ô santa Igreja de Nosso Senhor Jesus Cristo, a única verdadeira! Jesus Cristo eu vos adoro!
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