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terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

Maravilhosa resistência de Notre Dame de Paris permite restauração veloz

resistência de Notre Dame de Paris permite restauração veloz
Resistência de Notre Dame
permite restauração veloz
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






A estrutura de andaimes metálicos de 500 toneladas ficou ferozmente deformada no incêndio de Notre Dame tendo se incrustado nos muros por derretimento.

Podia se temer que na hora de tirá-la acontecessem abalos na estrutura da catedral.

Porém, o árduo e perigoso trabalho de desmonta-la cortando-a parte por parte concluiu na noite de 24 de novembro e “A Grande Dama de Paris” permaneceu impávida se sustentando por si própria, malgrado os graves danos no seu teto e agulha.

A majestade que irradiava explicou a exclamação da ministra de cultura francesa, Roselyne Bechalot: “a catedral de Notre Dame foi salva”, noticiou “Clarín”.

Ficaram afastadas as hipóteses de que colapsasse o monumento histórico mais famoso da França.
Grande andaime virou um inferno ameaçador de tubos derretidos
Grande andaime virou um inferno ameaçador de tubos derretidos
O imenso andaime entortado, derretido e calcinado acabou de ser removido. Agora pode começar a restauração propriamente dita.

Essa estrutura metálica tinha 200 metros de largura e 40 metros de altura, e foi preciso desmonta-la serrando ferro por ferro num dos maiores desafios que enfrentaram engenheiros e arquitetos de Paris.

Sobre essa estrutura caíram as partes incandescentes da flecha. 

O impacto afundou ainda mais a estrutura parcialmente derretida nos muros da catedral e representavam tal perigo que paralisaram o trabalho de restauração por meses dado o permanente risco de desabamento.

O caos de ferros tortos do andaime original foi rodeado por um imenso cinturão de vigas de metal de três níveis para evitar um desabamento.

Esse cinturão foi recoberto por um segundo andaime, desde onde especialistas desciam pendurados em cordas e iam cortando os tubos estragados com serras, bailando literalmente no abismo quase como aranhas que descem por um fio do teto.

Um guindaste de 80 metros de altura ia evacuando os pedaços metálicos recortados na operação.

A restauração idêntica não é um sonho, mas uma obra em andamento
O general Jean Louis Georgelin, presidente do órgão público responsável pela restauração e conservação confirmou: agora “poderemos continuar com as próximas etapas de segurança”.

A próxima etapa é consolidar a base do transepto danificada pela queda da Flecha, evacuar todos os vestígios do incêndio ainda presentes no chão da catedral.

O grande órgão medieval foi danificado pela água dos bombeiros para extinguir o incêndio. Mas se aguarda sua restauração para dezembro.

Ainda há necessidade de estudos de diagnóstico, de concepção arquitetônica, convocações públicas, ofertas e contratos para de fato iniciar a restauração da “Grande Dama”.

A ministra da Cultura Bachelot quer concluir em 2024, data em que espera que “cantaremos um Te Deum na catedral”.

Saíram 35.000 tubos de ferro calcinado, e uma autorização especial permitiu que fossem reabertas as canteiras de pedra calcárea de Paris.

Estas aliás são muito pouco conhecidas e formam uma trama profunda e intrincada sob numerosos bairros das quais foi tirada a pedra para a catedral e um número incontável de prédios eclesiásticos, públicos e particulares. Uma saída se encontra a poucos metros da catedral. O acesso ficou interditado em 1955. Cfr. National Geographic em espanhol.

Foram propostos proyetos inadmissíveis, recusados todos, mas progressistas ainda tentam introduzir deformações
Foram propostos proyetos inadmissíveis, recusados todos,
mas progressistas ainda tentam introduzir deformações
Entretanto continua a batalha entre os tradicionalistas e os modernistas sobre o modus faciendi da reconstrução.

O arcebispo de Paris, Monsenhor Michel Aupetit propôs – aliás, como astuta ‘hipótese de trabalho’ – substituir os vitrais desenhados por Viollet Le Duc – aliás, autor da flecha de Notre Dame, por uns vitrais modernos.

O arcebispo propôs constituir “uma equipe de reflexão” visando que Notre Dame “incorpore certa modernidade como lembrança de sua tragédia”.

A proposta que ameaça deturpar cruelmente o ambiente da catedral suscitou diversas protestas.

O Ministério de Cultura deu uma resposta taxativa: “Essa coisa é inadmissível”.

Monsenhor Michel Aupetit projetava remover os vitrais refeitos pelo famoso arquiteto Eugene Viollet-le-Duc, que iniciou a recuperação da catedral em 1850, quando se encontrava em estado deplorável.

O arcebispo apontava a “uma janelona de novo feitio com seis metros de altura, para fornecer cor a um prédio que não tem demasiada luz e atrairia turistas e fiéis. Poderia vir acompanhada de uma projeção ‘muito 2020’ de versos das Sagradas Escrituras”.

Nas redes foi duramente criticado. Houve argumentos antipáticos por parte dos partidários de uma França leiga.

A catedral foi roubada da Igreja Católica pela Revolução Francesa e legalmente é um monumento histórico nacional emprestado ao arcebispado.

Notre Dame é o Céu sonhado nesta Terra
Notre Dame é o Céu sonhado nesta Terra
Há tensões entre o general Georgelin e a Igreja pela restauração, pelo uso das doações provenientes de todo o mundo e pela modernização da sua estrutura, onde infelizmente a hierarquia eclesiástica intoxicada pela “fumaça de Satanás” que entrou após o Concilio Vaticano II nem sempre joga do melhor lado.

“O Sr. não é o dono de Notre Dame, mas locatário e os vitrais de Viollet-le-Duc são monumento histórico. A resposta é não”, respondeu ao arcebispo, o fundador de “La Tribune de L’Art”, Didier Rykner.

A ministra sublinhou: “há vitrais em boas condições, que não foram absolutamente afetados pelo fogo e que são objetos classificados; portanto a questão está resolvida”.

A proposta do arcebispo é lamentável do ponto de vista de amor à Igreja e às suas melhores tradições, porque a tendência atual no clima enrarecido pela crise da Igreja tende a produzir monstros.

Haja vista o monstruoso show ecumênico ocultista “Fiat Lux” projetado sobre a própria fachada da basílica de São Pedro para comemorar a encíclica Laudato Si’. Cfr.: “Show desvenda fundo oculto do ambientalismo”.


Vídeo: resistência de Notre Dame de Paris permite restauração veloz
Clique na foto (restauração de Reims) para ver





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2 comentários:

  1. Nadir Cardoso Bado, em 12/02/2021,11 de fevereiro de 2021 às 00:59

    Eu moro em S. Paulo, Capital. É com muito prazer e carinho, que vejo as Catedrais Medievais. Agradeço por tudo. Obrigada. Continue me enviando, gosto muito.

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  2. Podia se temer que na hora de tirar la acontece apelos na estrutura da catedral

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