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terça-feira, 4 de outubro de 2022

A catedral de FLORENÇA: proporções e harmonia

Batistério, Catedral e Campanile de Florença
Batistério, Catedral e Campanile de Florença
Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Este é o famoso Duomo de Florença, a catedral de Florença.

Ela é toda feita de mármore branco e preto.

A mesma coisa que nós encontramos nas fachadas laterais da Basílica de Orvieto.

Vê-se a oposição de estilos.

Florença, muito mais importante e rica do que Orvieto, ousou fazer para si uma catedral que não tem um mosaico na frente.

A superioridade dos habitantes de Florença, segundo o modo de entender deles, está em que, cores bonitas, mosaicos, etc., seriam enfeites fáceis, para imaginações débeis.

Cúpula sobre o transepto da Catedral
Por isso procuraram na catedral uma proporção perfeita entre a torre, o corpo da igreja, a abóboda com aquela torrezinha em cima e as naves laterais.

 Isso está sumamente bem calculado como estão bem calculadas nas portas as rosáceas, as ordens com colunatas, a rosácea grande, numa construção estética por eles reputada perfeita.

Então, a reflexão, o equilíbrio, a profundidade, zombam do ornato, do charme, da graça, e tem uma beleza autêntica que resiste à metralhagem dos olhares analíticos que querem encontrar um defeito.

A catedral parece dizer:

"Eis-me aqui, sem despojos nem maquiagem, eu sou eu, veja como sou linda."

A cúpula fecha muito belamente em cima.

Ela tem uma proporção bonita com a base branca sobre a qual ela se pousa.

Mas a meu ver, ela é muito pesadona para o conjunto do edifício.

A torre da Catedral tem um pequeno vestígio de gótico nas imagens que estão embaixo de ogivas.

Visão de conjunto da Catedral de Florença
Visão de conjunto da Catedral de Florença
É muito bonito ver como vai se afinando discretamente para cima.

É muito bonita na sua monocromia .

O branco está utilizado magnificamente.

Os vários espaços e dimensões, os vários ornatos das várias coisas, está perfeitamente bem posto.

O batistério é mais enfeitado e é muito bonito, tal vez um pouco empiriquitado.

Plinio Corrêa de Oliveira. Sem revisão do autor.


História e estilos da catedral de Florença

A Basílica de Santa Maria del Fiore é a catedral, ou Duomo, de Florença. Sua monumental cúpula é obra de Filippo Brunelleschi e o campanário de Giotto.

O nome (cuja tradução é Santa Maria da Flor) se refere ao lírio símbolo de Florença.

Na noite resplandecem aspectos medievais
da catedral de Florença
O atual Duomo de Florença foi construído durante seis séculos. O projeto original foi elaborado por Arnolfo di Cambio no final do século XIII, mas a fachada esperou até o século XIX para ser concluída.

Antigamente, no seu lugar estava a velha catedral dedicada a Santa Reparata, que tinha nove séculos.

Em 1293, Ser Mino de Cantoribus sugeriu substituir Santa Reparata por uma catedral que “a indústria e o poder do homem não pudessem inventar ou mesmo tentar nada maior ou mais belo”.

O projeto foi confiado a Arnolfo di Cambio em 1294, e a construção avançou até 1302 quando faleceu Arnolfo.

Em 1330, a descoberta do corpo de São Zenóbio em Santa Reparata, que ainda estava parcialmente de pé deu novo impulso à obra.

Em 1330, o famoso Giotto di Bondone concentrou suas energias na construção do campanário.

Sob Francesco Talenti, entre 1349 e 1359, fez-se um novo projeto para o Duomo. Santa Reparata terminou de ser demolida em 1375.

A Catedral foi consagrada pelo Papa Eugênio IV em 25 de março (o Ano Novo florentino) de 1436, 140 anos depois do início da construção.

A fachada original, desenhada por Arnolfo di Cambio, só foi terminada até o terço inferior.

Florença: o humanismo renascentista abafou
o espírito sobrenatural medieval original
Esta parte medieval foi desmantelada por ordem de Francesco I de Medici entre 1587 e 1588, pois era considerada totalmente fora de moda.
O naturalismo neopaganizante da Renascença havia tomado conta da cidade.

Afastado o projeto medieval, o espírito sobrenatural desapareceu.

A briga pela fachada nova entrou no espírito de intriga e políticagem moderno. E virou um escândalo perpetuo, onde os desenhos apresentados não eram aceitos, ou violentamente contraditados.

A fachada só foi terminada no século XIX. Em 1864, Emilio de Fabris fez uma enorme fachada de mosaico em estilo neogótico. Foi adornada com estatuária elegante e austera. Em 1903 terminaram-se as portas de bronze.

A rica estatuária e ornamentos originais pelo menos não foram jogados fora. Eles sobrevivem no Museu Opera del Duomo e em museus de Paris e Berlim.

As decorações internas são austeras, e muitas se perderam no curso dos séculos. Alguns elementos acharam abrigo no Museu Opera del Duomo. Subsistem os monumentos a Dante, a John Hawkwood, a Niccolò da Tolentino, a Antonio d'Orso, e os bustos de Giotto, Brunelleschi, Marsilio Ficino, e Antonio Squarcialupi.




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4 comentários:

  1. nao tem nada de jeito sobre a catedral

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  2. Essa cúpula da basílica é simplesmente esplêndida.
    O quão magnífico é a visão interna e externa da cúpula, simplesmente sem palavras para descrever tanto.
    Gostaria eu de poder ir pessoalmente a tais lugares.

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  3. Amo tudo isto. Encantador. É como voltar no tempo.Só tenho que agradecer por poder partilhar estas mensagens. Agradeço.

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  4. Tive a felicidade de conhecer o complexo formado pela catedral, o batistério e a torre em Florença, então, ouso discordar da afirmação postada no início desta página, que alega ser em preto e branco. O revestimento é todo de mármore, em branco, rosa e verde, formando um colorido único e estonteante, como também é necessário que se fale sobre a beleza das portas do batistério, que originalmente foram esculpidas .em ouro, encontrando-se agora em um museu. Quando o escultor terminou essa obra, ele a olhou extasiado e falou: ESTA É A PORTA DO PARAÍSO

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